Anjos para transmitir valores à criançada
Projeto criado por Sergio Valente para a CNBB conta com site, livros e canções e homenageia sete pessoas que inspiram pequenos e adultos, como Renato Aragão e Roberto Carlos
Projeto criado por Sergio Valente para a CNBB conta com site, livros e canções e homenageia sete pessoas que inspiram pequenos e adultos, como Renato Aragão e Roberto Carlos
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14 de agosto de 2012 - 5h22
Renato Aragão, eternizado como Didi dos Trapalhões, afirma sem hesitar: a sociedade precisa se mobilizar para transmitir mais valores à criançada. Mais do que no passado? Sim. De acordo com ele, o Brasil cresceu bastante e necessita de um esforço maior. Por outro lado, ele próprio diz, com modéstia, que no papel de evangelizador ainda tem a aprender. Dessa maneira, o ator e embaixador da Unicef se engajou em um amplo projeto de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que teve a direção de criação de Sérgio Valente, sócio do Grupo ABC e presidente da DM9DDB que se envolveu com a proposta como pessoa física.
Batizado de Anjinhos do Brasil, o projeto nasceu como sugestão de Valente e está vinculado às Edições CNBB. São personagens com traços que prometem agradar a crianças de dois a oito anos. Essa garotada é o foco da ação que pretende transmitir valores e virtudes, como generosidade, paciência e gentileza, por meio de uma plataforma desenvolvida em um formato adequado para atingir esse público. Ela conta com site (www.anjinhosdobrasil), joguinhos, livros e canções, mais material de papelaria, adesivos para carros e outros produtos que deverão ser lançados futuramente.
A apresentação do projeto foi feita nesta terça-feira, 14, no Museu de Arte Sacra, no centro de São Paulo, onde viveu frei Galvão, destacou o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida. “É um lugar especial para este lançamento”, comentou. O arcebispo afirmou que a Igreja tem a missão de levar o evangelho para as pessoas. “A mensagem não muda, mas deve ser adaptada a cada tempo”. Foi o que aconteceu com a plataforma idealizada por Valente. Para atingir as crianças, foi criado um projeto que impactasse a garotada de modo “simpático e criativo”, explicou o presidente da CNBB.
Para o trabalho de evangelização, foram escolhidas as figuras dos anjos. Esses personagens transmitirão virtudes usando histórias da bíblia ou de santos. Eles também praticamente boas ações. As músicas criadas ensinam orações. Essas figuras foram escolhidas pela alta empatia com crianças. E também pelo que representam. “A Igreja nunca deixou de crer na existência dos anjos”, disse dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo.
Nesta primeira fase do projeto, foram escolhidos anjinhos ligados às virtudes simplicidade, generosidade, presteza, paciência, modéstia, coragem e gentileza. Outros conceitos que serão trabalhados são fé, esperança e caridade (valores teologais) e justiça, temperança, fortaleza e prudência, que entram em outra classificação dentro da nomenclatura usada pela Igreja (valores cardeais).
Esses personagens estão na coleção “Anjinhos do Brasil”, com histórias escritas por Marcela Catunda. Há também a coleção “Histórias da Bíblia”, tudo publicado pela Edições CNBB e narrado de forma a prender a atenção da criança.
As canções também estão agrupadas em um CD que traz letra e música com a assinatura de Sergio Valente – que participa ainda na parte vocal –, Marcelo Richmann, Digão Medeiros e Dinho Vieira. O som segue ritmos populares.
Anjos adultos
Junto com o lançamento da plataforma, a CNBB prestou homenagens a sete personalidades que propagaram valores que “ajudam na construção de uma sociedade cada vez melhor e mais justa”. São elas: Irmã Dulce e Zilda Arns (in memorian), Ana Maria Braga, Sergio Valente, Raí, Renato Aragão e Roberto Carlos.
Aragão contou que foi tomado de surpresa quando recebeu a notícia. Como embaixador da Unicef, disse, sua missão é propagar mensagens em defesa da criança. Desta vez, está diante de um desafio diferente, que é atuar como evangelizador. “Fiquei preocupado. Eu, anjo? Como vou ensinar? Vou botar as asas de fora”, brincou. E completou: “Minha função aqui será mais aprender do que ensinar. Na hora em que recebi o convite, chorei. Mas vou corresponder às expectativas”. E voltou a chorar, emocionado.
Raí, como os demais escolhidos pela CNBB, ao agradecer a escultura que remete à figura do anjo, disse que sempre se sentiu protegido e que procura transmitir o que recebeu. O ex-jogador criou a Fundação Gol de Letra, que atende mais de 1,2 mil crianças. Ele emendou que, ter sido eleito junto com as demais personalidades, lhe confere responsabilidade e inspiração para continuar fazendo mais. Valente, ao ser homenageado, repartiu o reconhecimento com o pessoal que ajudou a criar o projeto. “Meu grande mérito foi reunir essa turma”, disse.
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