Apenas 13% das agências têm programas estruturados de inclusão
Grupo de Planejamento realizou um levantamento junto a 78 agências da capital paulista, mapeando iniciativas internas e perfil sociodemográfico das equipes de planejamento
Apenas 13% das agências têm programas estruturados de inclusão
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Karina Balan Julio
2 de setembro de 2019 - 9h42
Apenas 13% das agências contam com programas estruturados de inclusão em suas estruturas, segundo um levantamento conduzido pelo Grupo de Planejamento junto a 78 agências da cidade de São Paulo, de diferentes portes, entre julho e agosto. Mais da metade delas, 53%, disseram não ter qualquer iniciativa relacionada à diversidade e inclusão, e apenas 17% possuem políticas de contratação exclusivas para grupos sub-representados.
Além de levantar iniciativas internas das agências, o levantamento, parte do programa “Melhor no Plural”, também mapeou o perfil das equipes de planejamento das agências.
A ausência de políticas institucionais impacta na composição geral dos times e gerência de planejamento: 94% das agências consultadas não têm pessoas com deficiência na área; 64% não têm negros; 40% não têm pessoas fora do eixo Rio-São Paulo; 85% não têm profissionais com mais de 50 anos; 25% não têm profissionais que moram na periferia e 17% não têm profissionais LGBTI+.
Em nível gerencial, a falta de diversidade é ainda mais agravante, onde 81% das gerências são compostas por profissionais brancos, 51% por profissionais héteros e 54% por profissionais do eixo Rio-São Paulo, por exemplo.
Flavia Spinelli, vice-presidente do GP e global client partner do Facebook, explica o ponto comum entre a as agências com programas estruturados de inclusão. “Elas geralmente escolheram um recorte para começar, seja ao criar programas específicos para profissionais negros ou pessoas que vieram de periferias ou escolas públicas”, conta.
Quando o assunto é a mentoria e o treinamento de profissionais com backgrounds diversos, apenas 5% das agências consultadas disseram ter algum programa de retenção após a contratação. Segundo Flavia, estas iniciativas são fundamentais para consolidar esforços. “Você pode ter uma cultura que deseja atrair pessoas diversas, mas que não consegue retê-las. Às vezes, os times gerenciais não sabem lidar com pessoas com repertórios, pontos de vista e backgrounds educacionais diferentes”, exemplifica a vice-presidente.
Passado o levantamento, o GP realizou, na semana passada, uma maratona de aceleração presencial junto a 38 agências, em parceria com a LoCurioso Research. O objetivo é entender as principais demandas e dificuldades das agências na efetivação de iniciativas de inclusão. Os aprendizados gerados pela maratona servirão como base para a formulação de um guia de melhores práticas para agências e treinamentos do Grupo de Planejamento.
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