Barbie promove concorrência polêmica por agência de criação
Companhia está promovendo concorrência para projeto de campanha, mas várias agências teriam se negado a participar do processo
Do Ad Age

Agências se queixam de exigências da marca Barbie em processo de concorrência que está em curso nos EUA (Crédito: Reprodução)
Depois de ter emplacado o blockbuster Barbie, a marca da Mattel ainda quer tirar proveito do momento criado ao longo do ano. Afinal, a companhia obteve US$ 1,92 bilhões em receita no terceiro trimestre, salto de 9% em relação ao mesmo período no ano anterior. Com intenção de iniciar uma nova campanha, o anunciante está promovendo uma concorrência com agências para um novo projeto de campanha.
Muitas das agências convidadas, no entanto, declinaram a participação no processo. Muitos executivos disseram que o valor do pitch era muito baixo. Dois executivos se frustraram com uma cláusula de non compete que proibia as participantes de trabalhar com clientes concorrentes, mesmo se não ganhassem a conta, durante meses depois da conclusão da concorrência.
Greg Paull, consultor da R3, disse que esse tipo de exigência é incomum. “Anunciantes precisam entender que em qualquer concorrência há ganhadores e perdedores. É aceitável que agências que percam o pitch assinem o NDA, mas é inaceitável proibir suas habilidades comerciais com base em um pitch não remunerado”, comenta.
A marca Barbie já trabalhou com diversas agências antes, como BBDO e BBH, que reformulou o branding da empresa em 2015. O anunciante também trabalhou com R/GA e Deutsch. A BBH dos EUA trabalha com a Mattel atualmente.