Comunicação

Comissão Europeia aprova fusão entre Omnicom e IPG

Após investigação, órgão concluiu que a transação não afeta a concorrência de mercado no Espaço Econômico Europeu

i 24 de novembro de 2025 - 12h43

A Comissão Europeia, órgão regulatório da União Europeia, anunciou nesse domingo, 23, a aprovação da aquisição do IPG pelo Omnicom.

omnicom e ipg

Fusão entre o Omnicom e o IPG foi confirmada em dezembro de 2024 (Crédito: Koshiro K/Shutterstock)

O órgão havia pedido permissão à holding norte-americana para dar sinal verde à concretização do acordo. Nos Estados Unidos, a transação já havia sido aprovada condicionalmente pela Comissão Federal de Comércio (FTC).

De acordo com comunicado, a aprovação acontece sob o escopo do Regulamento de Fusões da União Europeia e, após investigação, concluiu que a fusão não afeta a concorrência de mercado no Espaço Econômico Europeu (European Economic Area).

A avaliação da Comissão levou em consideração a atuação das companhias em serviços de publicidade, marketing e comunicação, bem como em compra de mídia, não apenas na Europa, mas em outros mercados em que estão presentes.

Uma das conclusões indica que a entidade resultante da fusão estaria suficientemente limitada pela presença de vários concorrentes, incluindo grandes holdings internacionais com alcance global, como WPP, Dentsu-Aegis, Publicis e Havas.

Isso significa que, em caso de aumento de preços das ofertas ou diminuição da qualidade do serviço entregue, os clientes têm opção de migrar para a concorrência.

A Comissão ainda observa que, caso a nova companhia aproveite de sua posição no mercado de compra de mídia para crescer em poder de negociação com players do mercado, estes manteriam poder de contrapeso suficiente devido ao significativo grau de concentração de proprietários de mídia nos países europeus relevantes.

Com a transação entrando em sua fase final, a indústria está prestes a receber a maior holding de comunicação e publicidade do mundo. Combinadas, as receitas de ambas em 2023 alcançam US$ 25,6 bilhões.

A nova empresa manterá o nome Omnicom e, na bolsa de valores de Nova York, será preservada a sigla OMC. John Wren segue como chairman e CEO da companhia. Já Phil Angelastro seguirá respondendo como vice-presidente executivo e chief financial officer. Uma da resoluções globais do Omnicom é a extinção da rede DDB e a manutenção de três bandeiras de marcas principais: BBDO e TBWA, que são parte do Omnicom, e McCann, controlada pelo IPG.

Ambas as companhias já vêm atuando em conjunto, ainda que executivos tenham afirmado trabalhar de forma independente até que a transação fosse concluída. As holdings se juntaram em setembro em concorrência da Kenvue, pelas verbas de mídia e criação da companhia.

A BBDO, do Omnicom, e a FCB, do IPG, já atendem Tylenol, uma das marcas do anunciante. O pool de agências da Kenvue em mídia inclui empresas do IPG e do Publicis Groupe, além da Doner, do Stagwell, e da Deutsch, do IPG.