Mercado dos EUA minimiza queda de receitas do Publicis
Receita global da companhia atingiu montante de 9,71 bilhões de euros; com exceção dos EUA, demais mercados tiveram declínio

Arthur Sadoun, chairman e CEO do Publicis Groupe
O desempenho na operação dos Estados Unidos ajudou a impulsionar os resultados do Publicis Groupe no quarto trimestre de 2020. Apesar disso, o crescimento geral da companhia ao longo do ano foi impactado pela Covid-19.
Ao divulgar seus resultados financeiros relativos ao ano passado, a holding reportou uma receita líquida praticamente estável no período, com ligeira queda de 0,9% em relação a 2019, alcançando o montante de 9,71 bilhões de euros de receitas. Se desconsideradas aquisições e variações cambiais, a empresa teve uma queda de 6,3% nas receitas.
No entanto, há um contraste entre o desempenho do grupo nos Estados Unidos, onde o a holding apresentou ligeira alta de receitas no último trimestre, de 0,5%, em comparação com a Europa, onde o indicador continua em queda.
O destaque no mercado americano foi a alta de 5,5% das receitas da Epsilon, operação de data e insights. O grupo também declarou que seus negócios de mídia digital, healthcare e a unidade Publicis Sapient contribuíram para um bom desempenho no mercado estadunidense, onde a holding teve crescimento orgânico de cerca de 2% ao longo de todo o ano de 2020.
Em contrapartida, a receita da rede caiu 12,7% na Europa. O crescimento orgânico teve um recuo de 19,7% na França, mercado que foi particularmente afetado sobretudo em relação à mídia exterior, nos períodos de lockdown. No Reino Unido, a queda foi de 12,4%, enquanto na região da Ásia-Pacífico, o recuo foi de 6,7%. A América Latina também teve desempenho negativo, com queda de 13,9%. Oriente Médio e Africa também tiveram declínio, de 11,7%.
Apesar desses desempenhos negativos, Arthur Sadoun, chairman e CEO do Publicis Groupe, descreveu a performance da companhia ao longo de todo o ano como sólida. Ele disse que o grupo viu uma contínua fase de conquista de novos negócios – que inclui contas como Kraft Heinz, Reckitt Benckiser, Pfizer, Visa, L’Óreal na China, TikTok e Sephora – e enfatizou que a holding não recebeu ajuda financeira do governo francês. Além disso, Sadoun também disse que irá repor os cortes salariais feitos a mais de 6 mil funcionários no início da pandemia. Essa decisão, inclusive, já foi apoiada pelo conselho da companhia.
Com informações do Advertising Age