Dentsu pune dezessete executivos

Meio & Mensagem
27 de janeiro de 2017 - 10h43

Após um processo de investigação interna, cujo objetivo era apurar a ocorrência de cobranças excessivas e práticas irregulares, a Dentsu Inc., do Japão, decidiu punir 17 executivos que possuem funções importantes em seu organograma. Os profissionais terão um corte salarial de três meses por ter, serem segundo investigação da companhia, se envolvido em transações irregulares que somam a quantia de US$ 1 milhão.

O caso veio à tona em setembro, quando a Toyota, cliente da Dentsu, levantou a suspeita para a agência, que iniciou um processo de investigação pra detectar cobranças irregulares feitas por seus executivos. Depois de o caso ter repercutido na mídia, a holding japonesa admitiu a existência de irregularidades e comunicou o mercado que daria início às investigações.

Esse não foi o único problema enfrentado recentemente pela Dentsu Inc. no Japão. Em dezembro, o suicídio da jovem Matsuri Takahashi, funcionária da Dentsu, repercutiu em toda a indústria global de comunicação, uma vez que a carga horária excessiva e a sobrecarga de trabalho foram apontadas como as causas que levaram a funcionária a cometer o ato. O caso ganhou tamanha repercussão interna que o CEO da agência no Japão, Tadashi Ishii, anunciou sua renúncia ao cargo dias depois do acontecimento. Toshihiro Yamamoto foi escolhido para substituir Ishii.

Agora, após ter concluído a existência de práticas irregulares entre sua diretoria, a agência tomou, como medida, a redução salarial de 17 executivos do escritório do Japão. Pelos próximos três meses, eles receberão de 10% a 20% menos em seu salário. Para detectar as irregularidades, a agência analisou cautelosamente cerca de 214 mil faturas, emitidas de novembro de 2012 a julho de 22016, referentes a serviços digitais. Em um relatório preliminar, emitido em agosto do ano passado, a Dentsu afirmou que havia constatado que 111 clientes foram afetados por cobranças irregulares no período avaliado. Posteriormente, a agência reavaliou os números após a investigação e afirmou que dez anunciantes foram afetados pelas irregularidades.

* Com informações do Advertising Age

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