Inteligência Artificial ajuda a unir marcas e celebridades
Plataforma Connection usa ferramentas tecnológicas para encontrar sinergia entre anunciantes e personalidades
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Bárbara Sacchitiello
20 de dezembro de 2018 - 12h26
Paula Gertrudes, CEO da Connection (Crédito: Divulgação)
Sempre que uma marca decide contratar um porta-voz para ajudar a divulgar seus produtos e serviços, as agências de publicidade e empresas especializadas possuem alguns métodos para selecionar quais são os rostos e vozes mais adequados para divulgar suas mensagens. Pesquisas de opinião, análise de perfil dos consumidores e mensuração de redes sociais são algumas das maneiras de filtrar as celebridades que podem aderir melhor a determinadas ações publicitárias.
Com a ideia de fornecer mais precisão para essa seleção, os sócios Paula Gertrudes, Marcus Buaiz, Charles Martins e Marco Serralheiro criaram a Connection, uma startup que monitora, compara e conecta personalidades e marcas por meio de inteligência artificial, com a combinação de IBM Watson, Microsoft Azure, Google A.I. Por meio deas tecnologias, a Connection promete fazer um mapeamento completo do tom, valores e propostas da marca e compará-los diretamente com as personalidades que compartilham aquele mesmo estilo e proposito
Paula Gertrudes, assim como Marcus Buaiz, têm experiência no universo de celebridades. Ambos são sócios da Act10n, empresa criada em 2016 com a proposta de criar conexões entre marcas e personalidades e, também, voltada a planejamento de carreira de artistas, sempre tendo as ações de marketing como foco. A criação da plataforma Connection é, inclusive, uma forma de incrementar os trabalhos que já são desenvolvidos pela Act10n.
“A Connection reúne, amplifica e automatiza toda a metodologia aplicada dos trabalhos da Act10n. Nela concentramos expertise, critérios, dado e informações relevantes para que a marca tome decisões assertivas desde o planejamento da comunicação, minimizando os riscos de investimentos também nas contratações. A Connection é focada na estratégia da marca, planejamento e recomendação, enquanto a Act10n tem como foco a contratação artística, negociação e entregas”, explica Paula Gertrudes, CEO da Connection.
Ferramenta detectou aderência entre Taís Araujo e a marca Quem Disse, Berenice
Como exemplo de como a inteligência artificial atua nesse processo, Paula conta sobre um teste que os sócios fizeram com a plataforma para testar o “match” entre celebridades e determinadas marcas. Ao usar a ferramenta para fazer o mapeamento do estilo, discurso, posicionamento, objetivos e voz da marca Quem Disse Berenice, do Boticário, a Connection apontou como a celebridade mais adequada para ser porta-voz da marca a atriz Taís Araújo – justamente a mais recente garota-propaganda da marca de cosméticos, que inspirou o lançamento de uma linha de batons. “O discurso e personalidade dela e da marca comungam. Acreditamos nessa verdade e no endosso de mão dupla”, diz.
Na opinião da executiva, colocar a Inteligência Artificial no processo de seleção de garotos-propaganda e porta-vozes de marcas não é uma forma de engessar o processo criativo e limitar as escolhas que, por muitos anos, acabaram atendendo a critérios muitas vezes subjetivo. Segundo Paula, seus anos de experiência na área já renderam exemplos de algumas conexões entre celebridades e anunciantes que não passariam pelo crivo de ferramentas de inteligência artificial, mas que acabaram rendendo bons resultados. A tecnologia, no entanto, permite reduzir as possibilidades de parcerias erradas. “Não podemos engessar e nem podar a criatividade, mas podemos e devemos minimizar erros e, consequentemente, prejuízos. Devemos usar a capacidade de processamento e a agilidade da tecnologia para nos informar previamente quais são as carências da marca. Queremos que as marcas possam gerenciar uma crise na internet em tempo real e entender como responde-la. A escolha do porta-voz, sendo uma celebridade ou influenciador, se dará como consequência deste cenário”, pontua a CEO da Connection.
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