Leão Cecil vira bicho de pelúcia em campanha
Fruto de comoção ao redor do mundo, a violenta morte do felino, no Zimbabué, vira tema para arrecadar fundos para centro de conservação de Oxford
Motivo de comoção mundial nas últimas semanas, o Leão Cecil, morto brutalmente por um dentista americano, no Zimbábue, virou símbolo de uma campanha para arrecadar fundos para a Wildlife Conservation Research of the University of Oxford (WildCRU), organização presente no Parque Nacional de Hwange e que estudava o felino desde 2008. A empresa Ty Inc. transformou o animal em bicho de pelúcia e vai destinar 100% das vendas arrecadadas para a organização.
O leão Cecil era um macho dominante na reserva e ficou conhecido pela juba negra. O animal fazia parte de uma investigação científica sobre a longevidade dos leões realizada pela Universidade Britânica de Oxford, usando um colar com rádio transmissor. De acordo com uma organização não-governamental do Zimbábue, o leão foi atraído no início de julho para fora da reserva de Hwange. O animal foi atingido por um flecha e agonizou por 40 horas até ser morto a tiro. O caçador norte-americano, muito criticado nas redes sociais e por organizações de defesa dos animais, defendeu-se por um comunicado dizendo que fez a caçada de boa-fé, não sabia que era ilegal e lamentou o ocorrido, sem dar mais detalhes sobre o caso. As autoridades norte-americanas abriram um inquérito para investigar o ocorrido.
Com o caso, o Zimbábue anunciou, na semana passada, restrições imediatas à caça de grandes animais, como leões, elefantes e leopardos, perto da reserva ambiental Hwange. A partir de agora, a caça só será permitida com autorização especial por escrito e com a presença de funcionários do parque. "A matança ilegal do leão Cecil fora do Parque Nacional de Hwange mostrou a necessidade de reforçar ainda mais as regulamentações sobre a caça em todas as áreas que fazem fronteira com o parque", informou a autoridade dos Parques Nacionais do Zimbábue (ZPWMA).
Com informações da Agência Brasil