More Grls expandirá para Latam, Europa e Estados Unidos
Comemorando um ano, instituto também realiza eventos em busca de soluções para a falta de diversidade em agências
Na noite desta segunda-feira, 10, o instituto More Grls, criado pelas criativas Camila Moletta e Laura Florence em 2017, realizou em São Paulo o evento Furando a Bolha, que promoveu rodas de conversa sobre assuntos variados como meritocracia e privilégio, liderança feminina, carga mental, maternidade, negros na criação e papel dos homens nas estruturas profissionais e sociais. O objetivo do evento era propor ideias e soluções que ajudem a diminuir a falta de de diversidade no mercado publicitário – e, em especial, na criação.

Camila Moletta, co-fundadora da Mopi, e Laura Florence, diretora executiva da Havas Health & You (Crédito: Karol Duarte/More Grls)
O evento foi feito em parceria com a Altos Eventos e foi o primeiro da More Grls aberto público geral – por isso, o nome Furando a Bolha, – e contou com a presença de diversos nomes do mercado para contribuir para a discussão. Entre eles: Joanna Monteiro, CCO da FCB Brasil; Daniela Cachich, vice-presidente de marketing da PespsiCo; Patricia Santos, fundadora do EmpregueAfro; Gustavo Borrmann, Creative Agency Partner no Facebook; e Ken Fujioka, sócio-fundador da ADA Strategy.
Esta foi uma das formas pelas quais a More Grls comemorou seu primeiro ano completo de existência. Criada em 2017, a plataforma se propôs a contribuir para que a área de criação das agências de publicidade tivesse em sua composição 50% de mulheres até 2020. As demais celebrações acontecem no segundo semestre do ano, quando o instituto lança a segunda versão da plataforma, e em 2020 com a expansão dela para demais regiões, incluindo países latino-americanos, europeus e os Estados Unidos.
A More Grls 2.0 deve abandonar seus filtros de busca (localização, nível de experiência, habilidades e área de atuação) e trabalhar de forma mais intuitiva. Segundo Camila, a comunicação vai ser mais verbal e terá mecanismos para a procura de freelancers, de criativas pelos nomes e, também, para dar mais visibilidade às mulheres negras. “Entendemos que o nosso trabalho é transversal e que precisamos falar com todos os públicos. E sabemos que a trajetória de mulheres negras e mulheres brancas são muito diferentes e queremos que a nossa ferramenta torne mais fácil mulheres negras serem encontradas com facilidade”, coloca.
Quanto a meta de ter, até o fim de 2020, 50% da criação de mulheres, a More Grls relata que 22 agências assinaram compromissos para essa mudança, porém todas essas empresas são de médio porte ouvdigitais. O desafio é fazer mais agências entrarem no movimento por um mercado mais representativo e, ao final do ano seguinte, o instituto promete cobrar os resultados.