Assinar

Omnicom se torna 2ª maior holding do País

Buscar

Omnicom se torna 2ª maior holding do País

Buscar
Publicidade
Comunicação

Omnicom se torna 2ª maior holding do País

Compra do Grupo ABC, estimada em R$ 1 bilhão, adiciona 16 empresas ao Omnicom e faz o grupo norte-americano ultrapassar no Brasil os concorrentes Publicis e Interpublic


1 de dezembro de 2015 - 4h54

Segunda maior holding global do mercado, o Omnicom assume a mesma posição no mercado brasileiro com a compra de 100% do Grupo ABC, até então maior conglomerado de agências controlado pelo capital nacional. Embora, assim como no cenário internacional, continue atrás do WPP, o negócio estimado em R$ 1 bilhão (US$ 265 milhões não confirmados oficialmente) adiciona 16 empresas ao Omnicom e faz o grupo norte-americano ultrapassar no Brasil os concorrentes Publicis e Interpublic. Mesmo que o valor final não seja esse, trata-se da maior transação da história do mercado publicitário brasileiro — é também a principal do Omnicom em todo o mundo nesse ano.

Serão mantidas a marca e a estrutura atual do Grupo ABC, que ficará ligado à DDB Worldwide, uma das três divisões globais do Omnicom, que também controla a BBDO e a TBWA. No comando da holding brasileira, que emprega cerca de dois mil profissionais, continuarão Nizan Guanaes e Guga Valente, que assinaram contratos de permanência mínima até 2020. Parte do valor acertado será recebida pelos ex-sócios nacionais no decorrer dos próximos cinco anos, atrelada aos resultados que as empresas geridas por eles tiverem. A transação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com a expectativa de que esteja concluída no primeiro trimestre de 2016 — como sempre acontece em casos de aquisição no mercado publicitário, o órgão regulador não deve ser empecilho. 

“Enxergamos no Brasil um lado bom enorme apesar dos desafios econômicos. Sempre admiramos o incrível trabalho criativo do Grupo ABC, em diferentes negócios. E teremos a paixão e a energia do Nizan em tempo integral. Ele é contagiante. Queremos que ele desempenhe um papel ainda maior com nossos clientes no Brasil, América Latina e, ocasionalmente, nos Estados Unidos”, disse Chuck Brymer, CEO da DDB Worldwide, ao Advertising Age.

O negócio permitiu que fossem realizados, com lucros, os investimentos dos dois fundos que tinham ações do ABC: o Icatu, presente desde o início, com cerca de 23% das ações, e o Kinea, controlado pelo banco Itaú, que, no início de 2013, fez aporte próximo de R$ 170 milhões e detinha participação de cerca de 26%. Nizan Guanaes e Guga Valente conversaram com a reportagem de Meio & Mensagem a respeito da negociação e dos planos do grupo. Veja alguns trechos: 

wraps

M&M — Quando vocês perceberam que teriam de mudar os planos, de compradores a vendedores?

Guga — A gente não deixou de ser comprador ainda. Continuamos compradores. O Grupo ABC não deixou de ser Grupo ABC. Continuamos olhando oportunidades de desenvolvimento. Nós tínhamos dois caminhos. Ou fazíamos um IPO, ou buscávamos um parceiro para manter o ABC crescendo.

Nizan — No dia 14 de dezembro, vamos lançar a cultura do Grupo ABC. Para nós, era fundamental manter o grupo, a nossa identidade, o nosso jeito de fazer. Até porque o que teve esse valuation todo foi uma cultura, uma gestão, um time.

M&M — O Chuck Brymer, CEO da DDB Worldwide, disse que espera que o Nizan desempenhe um papel mais importante junto aos clientes fora do Brasil, na América Latina e, ocasionalmente, nos Estados Unidos.

Nizan — Eu também, gosto disso, e quero ter esse papel. Agora, em um momento desafiador como este pelo qual passa o Brasil, é claro que eu tenho de estar focado aqui. Houve uma internacionalização do mercado. Quando vendemos a DM9, na década de 1990, a prática era vender e ficar longe. Agora não, o mundo se comunica mais, muito rapidamente. Então, é importante ter essa vida internacional. O que me atrai é fazer uma carreira internacional de negócios. Mas, em vez de ficar lá, eu quero ser ponte.

M&M — Embora haja muitos brasileiros atuando no exterior, poucos fizeram carreira internacional na direção executiva de grandes redes de agências e holdings globais. Isso te atrai no futuro?

Nizan — Eu quero ter uma presença de embaixador. Não tenho interesse de ir para lá e ficar. Essa vida de embaixador eu já tenho. Eu já vivo em Davos, no Clinton Global Initiative, já sou embaixador da Unesco. Agora vou ser embaixador paralímpico do Brasil — é uma coisa que me honra, eu gosto disso. Tenho uma natureza de ser global, em vez de ser só internacional. Meu pai me levou para morar na Inglaterra aos oito anos. Desde lá, o mundo é a minha casa. 

A íntegra desta matéria e a entrevista com os sócios estão publicadas na edição 1688 de Meio & Mensagem, disponível exclusivamente para assinantes nas versões impressa e também para tablets iOS e Android

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Britânia promove espetáculo natalino ao som de Air Fryers

    Britânia promove espetáculo natalino ao som de Air Fryers

    Iniciativa foi desenvolvida pela Calia Y2 Propaganda e Marketing e conta com a presença do maestro João Carlos Martins

  • Campanhas da Semana: verão, festas e presentes

    Campanhas da Semana: verão, festas e presentes

    Intimus reforça importância do conforto no Verão, enquanto McDonald’s e Multishow apostam em música para se conectar com o público