Startups lideram a inovação. Grandes corporações escalam seus avanços

18 de maio de 2021 - 8h00

Recente estudo conjunto da Universidade de Chicago e da Northwestern University prova o que muitos, como eu, vem dizendo sobre a relevância das startups na economia contemporânea. Segundo a análise, avanços disruptivos ocorrem em número muito maior e com relevância mais significativa e transformadora em pequenos times de pesquisadores e empreendedores. Em startups, em outras palavras. Muito mais do que em grandes corporações.

Mas são as grandes corporações que acabam sendo responsáveis pela expansão e ampliação dessas inovações, já que, dependendo do avanço em questão, muitas startups não teriam condições de torná-los presentes em mercados mais amplos, por pura limitação de recursos.

Faz sentido essa sinergia e é ótimo que assim seja. Temos um ecossistema interligado que se retro-alimenta e opera mudanças de peso, quando os encontros são promissores e inteligentes de lado a lado.

Há exceções. O caso, por exemplo, dos avanços tecnológicos que resultaram no desenvolvimento das vacinas contra o Covid-19 não aconteceram dentro de startups, mas em grandes laboratórios de grandes corporações de medicina.

Mas ainda assim, elas só chegaram onde chegaram, com a eficiência e disrupção que chegaram, porque aprenderam com as startups os métodos ágeis de descobrir, testar, errar e avançar.

No âmbito digital, por outro lado, muitas startups não precisam de apoio nenhum de grandes corporações para crescer. Google e Facebook que o digam.

Seja como for, esse Lego tecnológico de avanços em que as peças se encaixam em benefício do todo, me parece enriquecedor e merece ser estimulado.

As grandes corporações já perceberam isso. Que bom.