Comunicação

Dentsu detalha planos para se tornar uma única holding

Dentsu Inc, que controla a Dentsu Aegis Network, vai passar a operar como um grupo a partir de 2020

i 14 de novembro de 2019 - 16h59

Por Lindsay Rittenhouse, do Advertising Age

Dentsu Inc, no Japão (Crédito: Divulgação)

Junto com o relatório de seu balanço financeiro relativo ao terceiro trimestre, a Dentsu Inc. – empresa-mãe da Dentsu Aegis Network sediada no Japão – detalhou planos para tornar-se uma holding em 2020.

Em janeiro, a companhia vai adotar a marca Dentsu Group e a rede japonesa se estabelecerá sob este guarda-chuva como uma in-house responsável por todo o negócio no Japão. Com sede em Londres, a Dentsu Aegis será responsável por todos os negócios internacionais dos demais mercados. Dentro da Dentsu Japan Network haverá 116 empresas, inclusive a Dentu Inc, de Tóquio, que irá internalizar todas as funções operacionais que a Dentsu original mantinha.

Hoje, a Dentsu Inc. opera tanto como holding quanto como empresa de operações (que lidera ventures como a Dentsu Ad-Gear, especializada em out-of-home e promoções).

A Dentsu Aegis terá 880 empresas fora do Japão, entre elas as agências Carat, Isobar, McGarryBowen e 360i.
A companhia disse em comunicado que pretende que a holding traga perspectivas diversas e torne essa uma rota para inovação que possa ser gerada por qualquer um, em qualquer lugar.

“O objetivo é nos tornarmos a nova Dentsu, que continua a criar novos valores e novos negócios ao montar equipes flexíveis não somente com a Dentsu, mas também com vários parceiros externos”, disse a empresa.

A companhia também anunciou um novo board de diretores para o Dentsu Group, incluindo novos profissionais como o CFO Nick Priday e Gan Matsui, citado como chairman do comitê de ambiente do trabalho da empresa. Toshihiro Yamamoto permanece como presidente e CEO.

As mudanças ocorrem logo após o crescimento de 0,9% da Dentsu no terceiro trimestre do ano – e declínio orgânico de 1%. O balanço aponta recuo em mídia tradicional no Japão, onde o negócio teve queda orgânica de 9%, mas alta de 1,4% em receita. O DAN entregou 0,6% de incremento na receita e 1% de declínio orgânico, devido a resultados mais fracos na Austrália e na China.