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Comunicação

Os seis meses de nova gestão na Talent

Comandada por José Eustachio, agência comemora a conquista de quatro contas e o primeiro semestre de seu modelo de integração coletiva


22 de junho de 2015 - 4h29

Atual CEO da Talent, José Eustachio tinha um duplo desafio no final do ano passado. Gerenciar a agência, após a saída de seu fundador Julio Ribeiro, e implementar uma gestão baseada no modelo de inteligência coletiva. Tudo isso, em um ano desafiador do ponto de vista econômico. A perda de clientes como Perdigão e parte do Santander só aumentavam as dificuldades. Uma dose de otimismo e algumas conquistas posteriores, porém, mudaram o cenário.

Em fevereiro, Eustachio disse ao Meio & Mensagem que os trimestres que viriam trariam notícias melhores. Para a economia, nada mudou, mas para a agência a conquista de novas contas deu um novo ritmo. Quatro novos clientes passaram a ser atendidos pela Talent: Suvinil, Henkel, Lenovo e Sodimac. 

O modelo de inteligência coletiva, que está sendo implantado desde o segundo semestre do ano passado, já saiu do período de testes. “Esse modelo oxigena a empresa e abre a possibilidade de novas ideias surgirem de onde você menos imagina”, diz Eustachio. Em entrevista, o executivo comenta o primeiro semestre da agência sem Julio Ribeiro e a percepção sobre o atual momento do mercado.

Meio & Mensagem – Qual foi o desempenho da Talent durante o primeiro semestre?
José Eustachio –
Tivemos um início de ano bastante feliz. Conquistamos novas contas e movimentamos nossa área de novos negócios. De fato, existia e existe um clima de cautela no ar, o que eu interpreto é que as empresas, em geral, estão bastante cautelosas. Iniciaram o ano com uma visão negativa, mas começam a perceber que precisam fazer algo e não apenas ficar na defensiva.

M&M – A percepção da crise é maior do que ela realmente é?
Eustachio –
Existe uma visão radical do mercado sobre as condições da economia. Não se pode dizer que o Brasil vive sua melhor fase, mas o País não desapareceu, continua tendo um grande potencial. Não entramos em colapso e, tampouco entraremos. Existem muitas oportunidades, principalmente na área de consumo. São raras as empresas brasileiras que possuem mais do que 30% a 40% de participação em seus mercados. O universo de crescimento continua grande.

M&M – Como a comunicação pode ajudar o anunciante a lidar com a crise?
Eustachio –
Ele deve partir para o ataque e não se intimidar…

M&M – Na prática, o que isso significa?
Eustachio –
Que não devem cortar investimentos em comunicação e deixar de atrair o consumidor, se recolher. Não estou pregando nenhuma ação temerária, ou ingenuidade, mas as marcas devem se posicionar, ser ousadas. Precisamos de um espírito mais combativo e menos defensivo.

M&M – Qual a estratégia recomendada? Fortalecer a marca, focar no varejo?
Eustachio –
Aqui na Talent, não acreditamos em comunicação institucional. Acreditamos em uma comunicação que ative, que venda. Você não está abdicando de construção de marca quando trabalha consumo. Isso é um falso dilema. Muitas vezes existe uma falta de equilíbrio. Ou você vê alguém fazer muita oferta, o que esteriliza o consumidor, ou outras que falam sobre coisas etéreas. Neste momento, é hora de falar abertamente com o consumidor e mostrar que a marca se importa em oferecer algo importante em prazo justo.

M&M – Como têm sido os seis primeiros meses de experiência com o novo modelo de gestão?
Eustachio –
Esse modelo, que distribui a direção da agência, oxigena nossa empresa. Permite que os colaboradores se exponham de forma mais espontânea. Algumas colaborações surgem de onde menos imaginávamos. Atualmente, não é possível manter um modelo de gestão que apenas uma pessoa no comando da empresa capte as informações.

M&M – A agência está mais plural?
Eustachio –
Mais permissivos talvez. Mais abertos. Se o mundo está produzindo uma nova cultura, temos que acompanhar isso. E só é possível que isso aconteça acompanhando essas mudanças.

M&M – Os clientes já sentem a diferença?
Eustachio –
Começamos a falar sobre esse modelo em dezembro do ano passado, mas meses antes já estávamos implantando. Nossos clientes não só sentiram, como acompanharam esse processo. Não é algo que se vira a chave, é uma construção em que o próprio cliente faz parte.

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