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O outro lado da moeda no acordo entre Globo e Stone

Investimento na fintech está em linha com o movimento de empresas de mídia em busca de novas receitas


1 de agosto de 2019 - 6h00

 

A Stone estreou na Nasdaq em outubro do ano passado, na ocasião, seu valor de mercado alcançou US$9 bilhões (Crédito: Reprodução)

PagSeguro, WeChat, Calibra, do Facebook, e Grupo Globo. Essas empresas, envolvidas direta ou indiretamente no setor financeiro, têm em comum o fato de estarem apostando em um segmento que tem transformado ainda mais as relações de pagamentos e transações financeiras. Seja com soluções de pagamentos, criptomoedas ou carteiras digitais, o mundo das fintechs tem muito a crescer. De acordo com estudo da boostLAB, programa de startups do BTG Pactual, realizado em parceria com a aceleradora ACE Cortex, o total investido em fintechs no Brasil saltou de US$ 203 milhões, em 2016, para US$ 1,5 bilhão em 2018.

No caso do Grupo Globo, o investimento anunciado nesta quarta-feira, 31, na empresa de meios de pagamento Stone, sinaliza uma ampliação do grupo no setor financeiro — a plataforma de investimentos Órama, por exemplo, já recebeu aportes da empresa. A Globo, que vive um momento de reorganização, vem reforçando seu papel de se tornar uma mediatech, empresa de mídia direcionada por tecnologia e dados. Além da Stone e da Órama, possui investimentos no aplicativo de entrega Rappi, no site Enjoei e já fechou parcerias com a empresa de tecnologia de imersão Magic Leap.

“Só existirá uma comunicação transversal no futuro, e ela é o dinheiro. Transações financeiras terão um novo papel como mídia, por esses motivos o Facebook lançou a Calibra, ou o UOL mantém o PagSeguro”, explica Edson Mackeenzy, especialista em inovação. Alan Leite, CEO da Startup Farm, lembra que esse é um movimento natural do grupo que vem investindo em novos negócios não relacionados diretamente à mídia. “Dentro do grupo tem várias empresas que não são de mídia. A parceria com a Magic Leap é um exemplo. Eles vêm buscando investimento em negócios que não operam normalmente em um ritmo claro de busca de novos mercados”, afirma.

Felipe Matos, empreendedor, autor do livro 10 Mil Startups e head de expansão da In Loco, explica que os negócios de mídia vêm se transformando e demandando novas modalidades e combinações. “Nesse sentido, vemos grupos de mídia se associando a novos modelos de negócios inovadoras para rentabilizar seus ativos em mídia. Parece ser o caso dessa iniciativa, um modelo chamado de media for equity, em que a capacidade de mídia do grupo tem uma contrapartida em participação no negócio criado. Esse não é o primeiro movimento da Globo nesse sentido, o grupo já investiu na fintech Órama e m uma operação similar”, explica.

“Este acordo é mais um exemplo de como o digital está impactando o mercado, o modo como as empresas criam novos negócios de olho na atual e na futura jornada dos consumidores. As empresas estão atentas ao comportamento dos clientes e seus touch points. No setor de meios de pagamento, o avanço da tecnologia tem proporcionado novas formas para que instituições financeiras ofereçam serviços mais ágeis e convenientes via web, com a mobilidade que o cliente digital exige hoje”, observa Marcelo Trevisani, CMO da CI&T.

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