Pandemia acelera novos formatos da Starbucks

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Pandemia acelera novos formatos da Starbucks

Projeto envolve conceito de lojas para retirada e sem espaço para os consumidores se sentarem e modelo drive-thru


11 de junho de 2020 - 6h14

Lojas para retirada são foco no plano de expansão (crédito: divulgação/Starbucks)

Com informações do Ad Age

A Starbucks projeta perdas de US$ 3,2 bilhões nas vendas do segundo trimestre deste ano em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus, puxando para baixo o desempenho da rede de cafés. A empresa informou na quarta-feira, 10, que espera reportar uma perda ajustada de 55 a 70 centavos por ação na próxima liberação de lucros. O lucro operacional cairá até US $ 2,2 bilhões no período.

O comunicado destaca o tamanho do desafio do comércio desde o surto de coronavírus e as medidas de isolamento social no mundo. A rede de cafés, que está explorando novos formatos de loja para estimular a demanda, está sendo observado de perto como um barômetro da disposição dos clientes em deixar suas casas e abrir suas carteiras durante a pandemia.

A situação fez a companhia acelerar a implantação de novos conceitos de loja para retirada, formato para locais menores e que não prevê espaço para os consumidores se sentarem. “Embora originalmente tenhamos planejado executar essa estratégia em um período de três a cinco anos, as preferências do cliente em rápida evolução aceleram a necessidade desse conceito”, divulgou a companhia.

Nos próximos 18 meses, a Starbucks acelerará a transformação de suas novas lojas dentro dos formatos de conveniência, como Drive-Thru, Starbucks Pickup e curbside pick-up (retirada na calçada). As experiências na loja serão baseadas no aplicativo Starbucks.

“As lojas da Starbucks sempre foram conhecidas como o ‘terceiro lugar’, um local acolhedor fora de nossa casa e trabalho onde nos conectamos com uma xícara de café. À medida que navegamos pela crise da Covid-19, estamos acelerando nossos planos de transformação de lojas para abordar a realidade da situação atual, enquanto ainda fornecemos uma experiência segura, familiar e conveniente para nossos clientes”, disse o CEO Kevin Johnson, em comunicado.

Impacto nos negócios
Nos EUA, um de seus principais mercados, as vendas nas mesmas lojas da Starbusck caíram 43% em maio, embora as coisas estejam melhorando. Cerca de 95% das lojas americanas da empresa estão operando atualmente, mesmo que muitos PDVs da cidade de Nova York permaneçam fechados. Isso contrasta com a China, outro mercado importante e um país a caminho da recuperação pós-pandemia, onde 99% das lojas estão abertas e as vendas nas mesmas lojas caíram apenas 21% em maio.

No entanto, enquanto as vendas caem, os clientes que visitam a Starbucks gastam mais durante a pandemia, com o pedido médio incluindo mais itens, segundo dados da empresa. É esperado que isso normalize com o tempo.

Ajustes na expansão
A Starbucks espera abrir 300 novas lojas neste ano fiscal nas Américas, metade de sua estimativa anterior. O plano inclui o fechamento de 400 operadas pela empresa nos próximos 18 meses, juntamente com a abertura de um “maior número de novas lojas reposicionadas em diferentes locais e com formatos inovadores de lojas”.

Na China, a empresa diz ter em curso um cronograma de abertura de pelo menos 500 novas lojas neste ano fiscal, apesar do impacto do coronavírus. A Starbucks também está examinando suas operações no Canadá e planeja reestruturar seus negócios lá nos próximos dois anos, o que pode incluir o fechamento de 200 lojas, com algumas delas mudando de local.

Efeito café da manhã
As redes dependentes das vendas de café da manhã, como a Starbucks, foram atingidas de forma desproporcional, porque há muito menos passageiros na estrada atualmente. O preço da Starbucks também é mais alto do que o de concorrentes como Dunkin’, diz Michael Halen, analista sênior de restaurantes da Bloomberg Intelligence, o que deixa a Starbucks numa posição pior numa recessão relacionada a uma pandemia.

Além disso, uma parcela menor de suas lojas tem drive-thrus na comparação com outras redes. Permanecer na loja desfrutando de um café sempre foi uma parte essencial da experiência da rede, mas esse conceito “evaporou agora”, diz Halen. “Eles estão realmente atrasados aqui. Não culpo a equipe de gerenciamento, a equipe é excelente, mas o impacto do coronavírus vai prejudicá-los ainda mais porque são uma cafeteria “, projeta Halen.

Crédito da imagem do alto: divulgação/Starbucks

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