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Inovação aberta: relevância na criação de produtos e serviços

Natura, Ambev, Coca-Cola e Nestlé mesclam parcerias com startups e iniciativas internas com o objetivo de ampliar soluções e conveniências


1 de setembro de 2020 - 6h00

 

Na Nestlé, novas plataformas como o marketplace Vem de Bolo e parcerias com startups como a Supermercado Now nascem dos conceitos de inovação desenvolvidos pela área de transformação digital

O que há em comum na forma de as empresas lidarem com inovação aberta que faz com que elas sejam bem sucedidas? Essa se tornou uma pergunta fundamental para determinar os elementos que transformam a relação entre startups e companhias em algo saudável e construtivo para ambos indo além de se fazer negócios, mas gerando, de fato, uma cultura de inovação. Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, destaca que essa relação é guiada por muitas variáveis, mas alguns elementos em comum são determinantes.

“Gestores empoderados que trabalham com método, processos, ferramentas e que façam a gestão das áreas de inovação como startups corporativas, com rotinas, sistemas e engajamento das demais lideranças”, pontua Bruno. Na semana passada, por mais um ano, a 100 Open Startups deixou essa relação evidente em muitos casos, ao divulgar seu ranking anual das empresas que lideram a inovação aberta no Brasil. Nos últimos 12 meses, 1.635 companhias estabeleceram parcerias com startups, crescimento de 20 vezes em cinco anos.

Neste ano, Natura, ArcelorMittal, BMG, EDP, Alelo, BASF, Raízen, Unilever, Nestlé e Accenture figuram entre as TOP 10. “Trabalhar com startups nos permite acelerar efetivamente a inovação, assim como a transformação organizacional e cultural pela adoção de um modelo digital em todas as áreas”, explica Agenor Leão, vice-presidente da Plataforma de Negócios da Natura. O executivo lembra que, em 2020, durante a pandemia, as parcerias com startups têm apoiado a Natura a garantir aceleração de projetos para mitigar os efeitos da crise.

 

O Meditação Natura nasceu de iniciativas entre a empresa e a sociedade médica

“Durante esse período, preservamos todos os pilotos, criamos um plano para ajudar no balanço financeiro com antecipação de pagamentos, lançamos um programa de mentoria aberto a todo o ecossistema, acessos a serviços de bem estar, entre outras iniciativas”, conclui Agenor.  Essa mentalidade digital vinda dessa relação entre a Natura e as startups parceiras permite a criação de uma cultura de inovação que acaba por gerar novos serviços e soluções como, por exemplo, o aplicativo Meditação Natura. A inspiração para a plataforma surgiu de um programa para promover bem-estar e redução de stress criado em uma parceria da Natura com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

A Nestlé, TOP 1 no setor de Alimentos e Bebidas, é outra empresa que transformou a parceria com startups em algo estratégico. Nos últimos seis anos, mais de 300 startups já se relacionaram com a empresa. “Este tipo de colaboração é essencial para ajudar a Nestlé a garantir mais saúde e bem-estar para as pessoas, de um jeito ainda mais ágil e relevante. Atuar neste ambiente de inovação aberta oferece lentes distintas para a solução de problemas, além de nos colocar em contato com um mundo quase infinito de possibilidades que não enxergaríamos sozinhos”, explica Carolina Sevciuc, diretora de Transformação Digital.

No caso da Nestlé, essa mentalidade de inovação vinda das startups possibilitou, por exemplo, a criação do marketplace Vem de Bolo, projeto que nasceu dentro da área de inovação e que se tornou em uma das primeiras startups criadas dentro da própria Nestlé. Os setores que mais fazem inovação aberta no Brasil, segundo o levantamento da 100 Open Startups, são os de Serviços Financeiros, Energia e Alimentos e Bebidas.

 

O Wabi, aplicativo voltado ao micro e pequeno negócio da Coca-Cola, surgiu na YopDev, incubadora de startups da companhia na Argentina

No início de junho, a Coca-Cola lançou no Brasil a plataforma Wabi. O serviço de delivery desenvolvido para pequenos comerciantes é uma startup impulsionada pela Coca-Cola Argentina e gerenciada pela YopDev, incubadora digital de negócios com sede em Buenos Aires. “O Wabi começou como um aplicativo para venda de bebidas. Em pouco tempo, identificamos a demanda e ampliamos para outros bens de consumo industrializados. A nossa visão é de que o serviço se tornou uma empresa que se propõe a ser global”, diz Carla Papazian, gerente nacional da Wabi no Brasil.

Growth e branding

Criado em 2015, a ZX Ventures é o hub de inovação e growth da Ambev, responsável pelas cervejas Colorado, Wäls, Patagonia, o e-commerce Empório da Cerveja e Zé Delivery. “Essa aproximação com as startups é muito importante para fomentar a inovação dentro da Ambev e o ecossistema como um todo. As startups trazem uma visão externa e abrem os nossos olhos para visão de termos cada dia mais os nossos consumidores e parceiros como foco. Além disso, nós podemos contribuir estimulando o ecossistema de startups levando nosso conhecimento de mercado e visão de uma grande empresa”, diz Fernando Mazzarolo, diretor de trade marketing da Ambev.

De acordo com Mazzarolo, a indústria acreditou que era preciso questionar os consumidores sobre o que eles queriam quando, muitas vezes, eles mesmos não sabem. “Quando falamos do consumo e compra em lojas, por exemplo, os consumidores buscam cada vez mais viver experiências únicas e interagir com as marcas. Por outro lado, as pessoas têm preferido beber mais em casa e estão cada vez mais conectadas. Nesse contexto de transformação do varejo, lançamos o Innova Trade Challenge para conhecer novas ideias que tragam soluções para as novas formas de consumo. Esse projeto é bacana nesse sentido porque deixamos bem aberto para ouvir as ideias mais diferentes, queremos”, explica, se referindo ao projeto que busca startups parceiras e que teve início na semana passada.

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