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Opinião

Sabão, álcool gel e comunicação: armas eficazes contra a Covid-19

Profissionais de comunicação têm grande responsabilidade nos esforços para conter a pandemia, porque desinformação e preconceito são tão inimigos da saúde pública quanto o próprio vírus


18 de março de 2020 - 21h24

 

(Crédito: Reprodução)

O mundo já passou por diversas crises sanitárias, mas a pandemia de coronavírus (Covid-19) ocorre em um momento em que vivemos mais conectados do que nunca. O antecedente mais próximo é a Influenza A (H1N1) de 2009. E de lá para cá, de acordo com os dados disponíveis, o número de usuários com acesso à internet mais do que dobrou, cobrindo atualmente quase 60% da população global e acima de 90% em países desenvolvidos e grandes cidades. A comunicação nunca desempenhou um papel tão central no controle de uma emergência mundial.

Neste cenário, é importante diferenciar a comunicação de crise da comunicação de riscos. A primeira se aplica a situações em que a sustentabilidade de uma organização está em jogo. São perigos concretos ou iminentes, contra as quais a comunicação deve sustentar uma posição. Já a segunda opção tem uma abordagem diferente e está focada em estimular a prevenção diante de um acontecimento futuro, sobre o qual não há certezas.

A atual pandemia exige combinar ambas as ferramentas. A comunicação de crise entra em jogo diante de ameaças ao funcionamento das organizações, enquanto a comunicação de riscos deve engajar colaboradores, clientes e outros stakeholders essenciais para evitar a paralisia completa diante da ameaça.

Alguns passos são essenciais na gestão desta crise:

Planeje: defina os possíveis cenários e medidas a partir das recomendações das autoridades sanitárias, desde a contenção até o isolamento, intensificadas de acordo com a gravidade crescente.

Monte um comitê de crise: pequenas organizações podem se adaptar mais facilmente às mudanças, enquanto as maiores exigem revisão de processos e funções. É essencial formar um comitê com todas as áreas críticas envolvidas, incluindo uma pessoa de backup para cada função.

Entenda as normas: é importante separar o joio do trigo. Busque recomendações oficiais e não tome decisões baseadas em rumores e/ou notícias falsas.

Fique em contato com seus pares: é muito útil conhecer as medidas adotadas por outras organizações para definir padrões e benchmarks. Use também informações disponíveis nas associações comerciais e entidades do seu setor.

Crie canais de comunicação interna mais fluidos: uma organização empática, capaz de medir o humor de suas equipes, estará apta para engajar a todos para a contenção da crise.

Aja: comunicar-se bem é importante, mas tomar medidas concretas é fundamental. Reforce a rotina de limpeza e estimule as pessoas a levar a sério as recomendações de saúde. Dê o exemplo.

Dê liberdade de ação: sempre que possível, permita que os próprios funcionários tomem decisões sobre sua saúde, como o auto isolamento, por exemplo. Isso acalma os mais preocupados e preserva aqueles que não estão.

Use a tecnologia: estimule sua equipe a reaprender a trabalhar usando todas as funcionalidades das ferramentas disponíveis. Forneça treinamentos rápidos e tutoriais.

Aprenda com a crise: muitas das medidas tomadas hoje fazem parte do aprendizado de situações semelhantes, como o surto de H1N1. Documente as lições aprendidas para fortalecer sua organização e agir com mais eficácia na próxima crise.

Os profissionais de comunicação têm grande responsabilidade nos esforços para conter a pandemia, porque desinformação e preconceito são tão inimigos da saúde pública quanto o próprio vírus.

**Crédito da imagem no topo: Reprodução

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