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Opinião

É tempo de viralizar informação verdadeira

No encontro dos eventos da fake news e do coronavírus, o usuário das redes sociais precisa entender a diferença entre informação e opinião, além de suas responsabilidades para com elas


24 de março de 2020 - 12h59

(Crédito: Sorbetto/iStock)

Antes do surto da Covid-19, falávamos da viralização de outro problema mundial, a chamada era das fake news. Em um momento da humanidade onde estamos a um clique de qualquer informação ou de espalhar novos textos, imagens ou vídeos que recebemos nos aplicativos de mensagens e perfis de redes sociais, precisamos rever e repensar nossa participação em um processo de comunicação.

Você já questionou, como emissor de uma mensagem, a sua obrigação em propagar uma informação para o mundo? E, como receptor, você checa a veracidade dos fatos que recebe ou apenas deposita a esperança de que um familiar ou amigo, no papel de emissor, faça esse trabalho por você? Com 1 pessoa ou 1 milhão delas, não importa, o início de um vírus se espalha fora do nosso controle. E a responsabilidade de disseminação está nas mãos dos dois agentes dessa ação, conhecida como comunicação.

Estamos vivendo uma pandemia mundial e vem das redes sociais o maior perigo deste momento: a desinformação. O comportamento social do século 21, impulsionado pelas redes, democratizou a informação e comemoramos esse fato. Mas, como agentes da história, temos que evoluir após esse novo marco e entender como usar a nova invenção da roda com mais sensatez.

Para contextualizar a importância da mensagem, o Twitter divulgou dados oficiais sobre como o termo coronavírus tem se comportado dentro da plataforma. Até o início de março, foram mais de 110 milhões de menções sobre o vírus. Isso equivale a um tweet a cada 27 segundos, um crescimento de quase 300% desde o início de janeiro. Entre os tópicos mais falados na plataforma entre 01/01/2020 e 03/03/2020 estavam, nesta ordem, temas relacionados a pessoas públicas, Donald Trump, hobbies e interesses, notícias e assuntos públicos.

Devemos lembrar que nem tudo o que vemos ou ouvimos é uma verdade. É necessário entender que opinião não é fato. Opinião não possui embasamento científico ou dados. Mesmo com convicção, uma opinião não pode pautar a sua percepção de realidade. Precisamos ter cuidado com conteúdo baseados em informações individuais e que se tornam coletivas. Ela pode, sim, nos instigar, como seres humanos, na busca por mais detalhes sobre determinados assuntos e, então, nos permitir de forma embasada emitir nossos argumentos. Seja você o receptor ou o emissor, pesquise, investigue, cuide da mensagem e seja consciente nos meios.

*Crédito da foto no topo: Mfto/iStock

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