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Opinião

Procura-se protagonista para reinventar modelos de negócios

Ocupe seu lugar na reinvenção do live marketing e ajude a criar um mercado mais inclusivo, colaborativo e estratégico


20 de novembro de 2020 - 13h20

(Crédito: Thomas Vogel/ iStock)

“Esta crise vai passar.” Essa talvez seja a única certeza que temos. Porém, o que encontraremos lá na frente será provavelmente um cenário diferente daquele ao qual nos acostumamos. E isso pode ser bom.

Não tenho nenhuma pretensão de ser futurista, mas aqui de minha posição de empresário do segmento de live marketing, líder de uma empresa com mais de 24 anos de atuação, divido com você algumas provocações sobre o nosso mercado.

Enxergo dois momentos bem distintos. Um é este que estamos vivendo: a crise sanitária instalada, com seus reflexos sociais, econômicos e emocionais. O momento real, assustador e, para muitos, dramático, mas, para todos, inédito. O outro momento é o que nos aguarda a partir do controle da pandemia e da imunização contra a Covid-19. É um cenário possível, mas que ainda não está claro, até porque esse amanhã ainda é 100% ideal.

É nesse futuro que quero me concentrar porque temos a oportunidade de construí-lo. Podemos embarcar nesse projeto com toda a nossa mente, coração e esforço. E transformar este em um ótimo momento para tirar do papel as boas ideias que temos.

Aqui, mais uma ressalva: não existe uma receita de bolo, mas sim ações afirmativas que podemos e devemos fazer já para reinventar o modelo de negócio de nossas agências. Posto que as mudanças são inevitáveis e que se não podemos controlar o impacto e a velocidade delas, podemos entender como nós, seres humanos, reagimos a tudo isso, e assim fazer com que as mudanças funcionem um pouco mais a favor, também dos negócios.

Nossa indústria mostrou-se umas das mais frágeis do mercado. Seremos praticamente os últimos a retomar o ritmo. E nós, líderes do setor, ainda não descobrimos uma maneira de acelerar esse processo. Porém, se ainda não temos respostas para o futuro, sabemos exatamente tudo o que não queremos mais manter ou que prejudicava e ainda prejudica nosso business no presente. Então este é um ótimo ponto de partida. Mas, para isso, precisamos ocupar nosso lugar de protagonistas e fazer acontecer as transformações que precisamos e desejamos que aconteçam.

Um mercado que, a exemplo do filme Como se fosse a primeira vez, em que Adam Sandler tinha que fazer com que Drew Barrymore se apaixonasse por ele todos os dias, temos que fazer o cliente se apaixonar por projetos diferentes todos os dias. É uma relação finita, superficial, que começa e acaba junto com o trabalho de cada dia, no máximo de cada semana ou mês. É um mercado em que a prática do “job a job” consome grande esforço e traz pouco resultado para as agências; um mercado frágil que depende, todo dia, da paixão finita dos clientes.

E lembre-se, reinventar o modelo de negócio não é aprender a fazer live e incorporar no portfólio mais um serviço, que entrará nesta roda inconsequente que nos move, onde o esforço vale mais que o resultado. É preciso repensar nossos resultados a partir desta realidade que felizmente será para sempre diferente do passado.  O nosso mercado é que precisa mudar para melhor, acompanhando o ritmo da vida. Pense bem… O mundo virou de cabeça para baixo e nós continuamos agindo exatamente como fazíamos no começo deste mercado. Claro que hoje temos mais tecnologia, mas muitas vezes ela é utilizada para acelerar práticas predatórias, e não para viabilizar novos modelos e soluções.

Ainda presenciamos no mercado, empresas que insistem em “agenciar”, em transitar informações e conhecimento, esquecendo seu papel estratégico de participar das soluções. Se sua agência não agregar valor ao negócio do cliente, cuidado, a tecnologia pode ser sua maior concorrente.

A reinvenção do nosso negócio está muito mais conectada ao fortalecimento da relação agência/cliente que necessariamente de novas tabelas ou novas soluções que possamos ter.

Então, ocupe seu lugar de protagonista da reinvenção do live marketing e ajude a criar um mercado mais inclusivo, colaborativo, estratégico, produtivo, sustentável e gostoso de trabalhar.

*Crédito da foto no topo: Ajwad Creative/iStock

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