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Opinião

Entenda por que pessoas são poderosos veículos de vendas

Mais do que posar para fotos e vídeos promovendo produtos, influenciadores vêm sendo contratadas por grandes marcas do varejo para se unirem a C-levels


28 de abril de 2022 - 16h17

A chance dos seguidores adquirirem um produto anunciado por uma personalidade nas redes é alta, dada a relação de identificação entre o fã e o consumidor (Crédito: Divulgação)

Mais do que posar para fotos e gravar vídeos promovendo produtos e serviços, celebridades da internet vêm sendo contratadas por grandes marcas do varejo para se unirem a C-levels e fazerem parte dos processos de tomada de decisão da empresa.

Um caso recente, que ilustra essa predisposição no Brasil, foi o da ex-BBB Juliette, que hoje, atuando como influenciadora nas redes sociais, com mais de 33 milhões de seguidores no Instagram, assumiu como nova head de inovação para a linha de cuidados pessoais da Mondial Eletrodomésticos. Esse não é um caso isolado.

A cantora Anitta, desde 2021, é uma das conselheiras do Nubank, com papel estratégico para os negócios da fintech, segundo os próprios executivos da marca. Aliás, a mentalidade de empresária com forte presença nas redes sociais foi um dos motivos que levou a música ‘Envolver’ ao primeiro lugar do Spotify mundial.

E apesar de muita gente torcer o nariz para os negócios milionários gerados por causa das redes sociais, o que era tendência antes com a pandemia ficou mais que óbvio: pessoas são poderosos veículos de venda.

A chance dos seguidores adquirirem um produto anunciado por uma personalidade nas redes é alta, dada a relação de identificação entre o fã e o consumidor. E nesse universo, quanto mais seguidores, mais seleto é o influenciador com as parcerias, segundo divulgou a plataforma global de influenciadores RewardStyle + LTK.

No entanto, não é apenas o número de seguidores que conta, mas também fatores como o tipo de público e as métricas de engajamento e alcance. De acordo com a consultoria, a taxa de conversão das pessoas impactadas pelas publicações em vendas de produtos anunciados por influenciadores é, em média, de 1,8% no Facebook, de 0,86% no Instagram e de 0,93% no YouTube.

Segundo previsões da Accenture, o social commerce deve crescer 3x mais rápido que o comércio eletrônico tradicional, e somar US$ 1,2 trilhão até 2025. Atualmente, o volume das compras realizadas em redes sociais somam US$ 492 bilhões globalmente.

Invista no social commerce e capture mais valor para a sua marca

De acordo com a pesquisa Social Commerce do Opinion Box, 74% dos brasileiros usam as redes sociais para comprar. Além disso, mesmo antes da compra, 76% dos entrevistados afirmam que recorrem às redes para pesquisar produtos, 56% para ler a avaliação de outros clientes e 54% para comparar preço.

O fato é que as pessoas compram mais de quem confiam, usam as redes, e a internet em geral, para pesquisar, se informar sobre o produto ou serviço e eventualmente fechar a compra. Por essa razão, estima-se que 66% das marcas aumentem seus orçamentos para usar marketing de influenciadores, gerando um valor de mais de US$ 15 bilhões para esse setor, em 2022.

Se você atua no varejo deve estar pensando: “Ok, as vendas através das redes sociais são o futuro, mas eu não tenho caixa para pagar stories da Anitta, então social commerce não é para mim”. Será?
Claro que só corporações com gordas verbas de marketing conseguem pagar o preço que pede um Cristiano Ronaldo (US$ 1,6 milhão) ou uma Beyonce (US$ 1,1 milhão) por uma postagem no Instagram.

O mercado então descobriu que, em certos casos, vale mais a pena investir em micro influenciadores para gerar impacto muito positivo para a sua empresa e por uma fração do custo. Um influenciador que tenha entre 1 mil e 10 mil seguidores cobra, em média, US$ 100 por post. E eles são maioria no mercado!

É certo que medir o retorno sobre o investimento (ROI) de um influenciador pode ser mais difícil do que avaliar métricas de outros tipos de marketing. Afinal, nem sempre dá para saber quando um consumidor comprou um produto ou serviço por causa de uma campanha de social commerce. No entanto, segundo estudo da Tomoson, o ROI nos países onde o método está consolidado é de 6,5. Isso significa que as marcas que fazem ações com influenciadores têm retorno, em média, de US$ 6,50 para cada dólar investido.

Esse retorno pode ser ainda maior. No ranking das empresas que obtêm os melhores resultados, o grupo que corresponde aos 13% mais bem-sucedidos tem retorno em média de 20 para 1.

5 razões para transformar suas redes sociais em vitrines virtuais

Apresentando-se como um componente-chave na estratégia de vendas de grandes marcas, o social commerce promete mais uma vez revolucionar o setor de varejo, agregando novas tecnologias, como realidade aumentada, NFTs e blockchain às plataformas de redes sociais. Tudo isso para aprimorar a experiência do consumidor

Pesquisa do Gartner mostra que 86% dos líderes de marketing acreditam que o comércio digital será o canal de vendas mais importante nos próximos dois anos. Ao mesmo tempo, 89% dos pesquisados concordaram que os recursos atuais precisam evoluir para produzir resultados mais tangíveis.

Listo aqui cinco razões que você, varejista, deve considerar para incluir o social commerce em sua estratégia de vendas e crescimento:

1. Visibilidade e alcance de marca ilimitados: com uma base de usuários enorme, é impossível prever a visibilidade e o alcance de um post nas redes sociais. Ao publicar um conteúdo interessante, direcionado para o público-alvo certo, a probabilidade das ações se reverterem em vendas é grande.

2. Aumento na taxa de conversão de vendas: investir na autoridade da sua marca nas redes sociais e apostar nos seus diferenciais é uma forma inteligente de aumentar a taxa de conversão no e-commerce. Aliás, ver essa métrica crescer é saber que as ações no comércio eletrônico estão funcionando.

3. Relacionamento mais próximo com o cliente: investir tempo e recursos para se aproximar do cliente costuma ser uma busca constante de empresas bem sucedidas, principalmente no setor do varejo. Com as redes sociais é possível construir uma relação mais próxima e duradoura com a audiência, sobretudo se for em parte mediada por um influenciador.

4. Venda humanizada gera mais engajamento: ao humanizar a venda nas redes sociais, mostrando pessoas que o público se identifica e confia, a marca mostra que se importa com a necessidade do consumidor e está empenhado em oferecer uma solução para a sua dor. Esse movimento costuma gerar no cliente um sentimento de satisfação e bem-estar, que geralmente resulta em conversão.

5. Redução de custos com outros tipos de marketing: manter uma estratégia de social commerce bem estruturada tende a elevar o faturamento dos negócios e pode custar muito pouco, se pensarmos em uma ação orgânica que viraliza. Além disso, o poder de conversão das redes sociais é alto, o que diminui o custo para adquirir clientes.

Para que essa estratégia seja bem sucedida, é necessário fazer parcerias com influenciadores de credibilidade, ações cross-channel (não colocar todas as suas peras e maçãs numa rede só) e incentivar o user generated content (UGC) para ouvir o feedback dos clientes.

Cada vez mais lideranças de marketing nas empresas pretendem investir em social marketing com uso de influenciadores e não apenas nas categorias mais tradicionais como estilo de vida e beleza. Basta ver o sucesso de casos em ramos como finanças e pets. Ficar de fora pode nem ser uma opção para você.

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