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Amaro transforma homofobia em doações às mulheres trans

Projeto reverterá os 15 mil unfollow recebidos após posts sobre a causa LGBTQIA+ em R$ 15 mil em doações para a Casa Florescer


2 de junho de 2021 - 18h07

As camisetas lançadas para a causa terão seus lucros revertidos 100% para a Casa Florescer (Crédito: Divulgação)

A Amaro criou a iniciativa “Transformando Intolerância em Amor”, que transforma ações homofóbicas em doações em dinheiro, criação de camisetas de apoio e ações internas e externas sobre a causa. Após postar uma imagem de repúdio ao Projeto de Lei 504, que queria  proibir propagandas homoafetivas em São Paulo, a marca perdeu 8 mil seguidores no Instagram. A fuga de seguidores também tinha acontecido no ano passado, após a homenagem feita pela empresa ao Dia do Orgulho LGBTQIA+, que apesar de ter rendido um dos maiores engajamentos da história da marca, fez com que a conta também perdesse mais de 7 mil seguidores.

A partir disso a Amaro decidiu transformar esse 15 mil unfollows preconceituosos em uma doação de R$ 15 mil para a Casa Florescer, que atua como um centro de acolhimento para mulheres transexuais e travestis. “Escolhemos o “T” do movimento para apoiar a bandeira de transexuais, considerando que moda e beleza são os carros-chefes da empresa e elementos importantes para a autodescoberta dessas mulheres, que usam de roupas e maquiagem como formas de se expressarem e se aceitarem”, conta Marcelo Cidral, gerente de mídias sociais e influenciadores da Amaro.

Além da doação em dinheiro, a marca lançou duas camisetas em apoio a causa, com valores entre R﹩ 79,90 e R﹩ 89,90, que trazem estampas de orgulho LGBTQIA+ e terão 100% dos seus lucros revertidos para a mesma organização, ao longo de todo o ano. Já buscando gerar conhecimento, empatia e sensibilizar a audiência sobre essa realidades, a marca produzirá conteúdos que contam as histórias dessas mulheres acolhidas pela ONG e um vídeo  falando de corpos trans.

“Nossa missão como marca é dar visibilidade para perfis plurais nos nossos canais o ano todo. Queremos apoiar e ampliar a voz de todas as mulheres e construir essa história lado a lado com a Casa Florescer é fundamental para repassar essa mensagem e, principalmente, para que mais pessoas se sintam identificadas e representadas”, explica Cidral.

Ainda no intuito de aprofundar a questão, a Amaro selecionou comentários escritos por haters nas redes sociais para serem respondidos por alguns do funcionários LGBTQIA+ da marca, que representam aproximadamente 30% do quadro, em um vídeo que será divulgado nas redes sociais. A empresa também promoverá um talk para os funcionário com a Rita Von Hunty, comediante e drag queen brasileira, e com Fábio Manzoli, do blog Masculinidade Saudável, sobre heteronormatividade tóxica. 
**Crédito da imagem do topo:  © PAULO LIEBERT/dpa/Corbis
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