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Após realizar demissões, 123Milhas pede recuperação judicial

Empresa de viagens justifica que medida ajudará a solucionar pendências com credores; profissionais desligados criam lista para buscar novas oportunidade de trabalho


30 de agosto de 2023 - 6h30

123Milhas recuperação judicial

(Crédito: Reprodução/YouTube)

A agência de viagens 123Milhas deu entrada, nessa terça-feira, 29, a um pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A medida acontece dias depois de a companhia ter comunicado seus clientes sobre a suspensão da emissão de passagens e de pacotes de viagens que haviam sido comercializados na linha PROMO.

De acordo com a companhia, o pedido de recuperação judicial tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores.

“A recuperação judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, dessa forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira”, diz a 123Milhas, em comunicado.

O que aconteceu com a 123Milhas?

No último dia 18, a 123Milhas divulgou comunicado, em seus perfis nas redes sociais, anunciando que suspenderia a emissão das passagens de viagens que seriam feitas de setembro a dezembro de 2023.

Nesse comunicado, a empresa declarou que, devido a “circunstâncias alheias” a sua vontade, a “linha PROMO está suspensa para comercialização e as passagens com embarque previsto para setembro a dezembro de 2023 não serão emitidas.”

Para os clientes que haviam adquirido as passagens no período, a 123Milhas ofereceu como única opção o reembolso dos valores pagos, acrescidos de correção monetária, em forma de voucher, para ser utilizado em nova compra na própria plataforma 123Milhas.

Por conta desta postura, o Procon-SP abriu investigação contra a 123Milhas para avaliar como foram as providencias tomadas pela empresa perante seus consumidores.

Antes da recuperação judicial, 123Milhas faz demissões

Nesta semana, tem circulado nas redes sociais, sobretudo no LinkedIn, postagens de profissionais que teriam sido demitidos da 123Milhas após a eclosão da crise.

Em uma dessas postagens, Georgia Caetano, profissional que no LinkedIn se identifica como head de conteúdo digital da 123Milhas, elaborou uma lista de profissionais da área de comunicação e também de outros departamentos, que foram desligados da companhia nos últimos dias.

“São profissionais completos e competentes. Entre eles estão designers, gestores e analistas de mídias, times de CRM, UX, audiovisual, especialistas em comunicação, jornalistas.”, diz a ex-funcionária da 123Milhas, acrescentando que, assim como ela, todas as pessoas da lista estão #OpentoWork, termo usado na rede social para identificar os profissionais que estão em busca de emprego.

Até a noite de terça-feira, 29, a lista dos profissionais desligados pela 123Milhas tinha mais de 200 nomes.

A força da 123Milhas como anunciante

De acordo com o ranking Agências & Anunciantes, publicado por Meio & Mensagem em maio deste ano, em referência ao ano anterior (2022), a 123 Viagens e Turismo (empresa proprietária da 123Milhas) foi o segundo maior anunciante do Brasil.

Em 2022, a 123Milhas investiu um total de R$ 1,185 bilhão em compra de mídia (espaço publicitário) nos veículos brasileiros de acordo com o Agências & Anunciantes.

No ano anterior (2021), o investimento havia sido ainda maior. Naquele período, a 123Milhas destinou R$ 2,371 bilhões em compra de mídia, angariando a liderança do ranking dos maiores anunciantes do Brasil.

Na edição mais atual do Agências & Anunciantes, a 123Milhas fica atrás apenas da Genomma (dona de marcas como Cicatricure e Asepxia), que investiu um total de R$ 1,556 bilhão em compra de mídia em 2022.

Para efeitos comparativos, a 123Milhas investiu mais em compra de espaços publicitários na mídia em 2022 do que anunciantes como Unilever, Samsung, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil.

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