Atração de investimento das foodtechs chega ao marketing
NotCo capta US$ 85 milhões, Fazenda Futuro levanta R$ 115 milhões e Liv Up investe em lideranças colocando construção de marca como prioridade
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Luiz Gustavo Pacete
10 de setembro de 2020 - 6h00
O mercado de foodtechs, das startups especializadas em alimentação, está aquecido em termos de atração de investimentos e em demanda. Somente o segmento de alternativas à carne de origem animal deve chegar ao valor de US$ 2,7 trilhões até 2040, de acordo com estimativas da empresa de pesquisa e inteligência de mercado CB Insights.
Na semana passada, a Fazenda Futuro recebeu um novo aporte, de R$ 115 milhões, e lançou sua primeira campanha institucional. A empresa, conhecida por seu hambúrguer a base de plantas, passou a valer R$ 715 milhões e vai destinar parte destes recursos em expansão internacional e marca.
Já a chilena NotCo, que vem ampliando sua operação no Brasil desde 2019 e conta com um investimento do fundo Bezos Expedition (de Jeff Bezos), recebeu US$ 85 milhões em nova rodada de investimentos e prepara expansão aos EUA. Com o aporte, a NotCo soma um total de US$ 118 milhões em captações. A empresa é especializada em alimentos plant-based e, além de ter firmado parceria com redes como Burger King, utiliza inteligência artificial no desenvolvimento de seus produtos.
De acordo com a empresa, parte dos novos investimentos será direcionada ao suporte da operação no Brasil, especialmente em pesquisa e desenvolvimento, trade marketing, marketing e recursos humanos. “O segmento plant-based está em uma trajetória de muita aceleração e relevância global. E essa rodada significa ter os recursos necessários para desenvolver tecnologia, levar disrupção para mais categorias com novos lançamentos, e chegar a mais gente, em mais países”, diz Flavia Buchmann, CMO da NotCo.
Ainda de acordo com Buchmann, a missão do marketing neste momento é de “provar para milhões de pessoas que ninguém precisa abrir mão de sabor ou da experiência para consumir de forma responsável. Por isso, que desde o ano passado, a gente vem trabalhando a campanha ‘É. Só que NOT’”, explica, se referindo a primeira campanha institucional da marca. “A missão do marketing é contar essa história para mais gente e convidá-los a experimentar nossos produtos. No próximo ciclo, vocês podem esperar investimentos em comunicação ainda mais importantes com expansão do time no Brasil e novas parcerias como o caso do recém-inaugurado WhyNot, uma parceria com a Green Kitchen Brasil”, ressalta.
A Liv Up, que em setembro do ano passado levantou R$ 90 milhões, passou a contar, em abril deste ano, com Stella Brant, como CMO e sócia. Egressa da 99, Stella vem conduzindo um processo que envolve a continuação da construção da marca Liv Up por meio de branding, arquitetura de portfólio e experiência do consumidor. “Nosso objetivo é triplicar de tamanho até o final de 2020. A Liv Up sempre antecipou tendências e algumas delas, como uma maior demanda por saudabilidade, maior conhecimento sobre a origem dos alimentos e mais consciência sobre o impacto do consumo sobre toda a cadeia, foram aceleradas pelo contexto da pandemia. Nós fazemos isso levando comida muito gostosa, prática e saudável, promovendo uma cadeia do bem, impactando quem produz, quem consome e quem precisa”, diz Stella.
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