Autoridades e ídolos abrem a Soccerex

Teresa Levin
28 de novembro de 2011 - 3h24

O Governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, o Ministro dos Esportes Aldo Rebelo, o vice-governador do Rio Luiz Fernando Pezão e o Chairman da Soccerex Tony Martin, acompanhados dos ídolos do futebol brasileiro Zagallo, Zico e Carlos Aberto Torre (embaixador mundial da Soccerex) participaram da mesa de abertura da convenção global de negócios do futebol no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 28.

A solenidade foi iniciada com um depoimento em vídeo de Joseph Blatter, presidente da Fifa, que destacou a importância de se realizar uma Copa do Mundo no Brasil, um país onde o futebol é parte da vida das pessoas. “Asseguro que todos vão sentir a paixão dos jogos assim que pisarem em solo brasileiro”, afirmou. Para ele, os próximos dois dias de evento vão ser inspiradores, para que se dê continuidade a um trabalho pelo benefício do futebol. “Teremos uma experiência enriquecedora tanto para os jogos, quanto para o futebol e o Brasil”, disse.

Já Tony Martin destacou a importância da Soccerex para o lado comercial do futebol e suas oportunidades, reunindo a família do esporte de todos os quatro cantos do mundo. O chairman da Soccerex aproveitou para dar um recado aos que tem dúvidas sobre o êxito da realização de uma Copa do Mundo no Brasil.

“Aos que tem algo a falar dos hotéis, transporte e estádios, que acham que o patamar não é de cinco estrelas, posso dizer pela nossa experiência com a Soccerex que este país tem sua própria maneira de fazer as coisas e é muito, muito competente”, colocou, assegurando ainda que o Brasil vai produzir um dos maiores espetáculos que o mundo já viu. “Que melhor lugar do que o Brasil para renovar o espírito do jogo, compartilhar a paixão por algo que nós amamos do que neste ambiente aberto e pujante? Que melhor lugar para negócios do futebol do que o Brasil?”, questionou.

EMOÇÃO

A cerimônia contou ainda com um momento emocionante quando o ex-jogador do Manchester United Brian Robinson entregou uma camisa da Soccerex, com o número 13, à Zagallo. “Recebi das mãos de um capitão da Inglaterra esta camisa e não tenho como não lembrar da Copa de 70. Tenho que pedir desculpas a ele, mas ganhamos de 1 a 0 e foi sensacional. Mas eles mereciam o empate”, brincou Zagallo.

Em seu discurso, o Ministro dos Esportes Aldo Rebelo lembrou que a realização de uma Copa gera expectativa não apenas no mundo do futebol. “É o acontecimento da humanidade que reúne a maior expectativa e esperança. Como registrou o orador que abriu o nosso evento, não é apenas o mundo do futebol que convive lamentavelmente com denúncias de corrupção, problemas de racismo e intolerância. Estes acontecimentos chegam ao futebol porque ocorrem no mundo inteiro”, disse citando um comentário feito pelo CEO da Soccerex.

Para o Ministro, o futebol resiste porque, no imaginário das pessoas, talvez seja o espaço onde, dentro do campo, as disputas sejam resolvidas entre adversários, mas sem ódio. “É um espaço de confraternização entre as pessoas e os povos. Deve ser valorizado e protegido em seu espírito original mais profundo, como um jogo, uma disputa cujas regras são tão antigas porque são claras”, colocou.

O Ministro defendeu que o Brasil não só realizará uma grande Copa pelo acolhimento e carinho com que recebe as pessoas, mas do ponto de vista organizacional. “Estamos dispostos a cooperar com a Fifa, patrocinadores, governos estaduais e prefeituras, para que o esforço seja conduzido com harmonia”, concluiu.

LEGADO

Finalizando a solenidade de abertura da Soccerex e anunciando oficialmente o início do evento, o Governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral saudou primeiramente crianças moradoras de comunidade cariocas que foram pacificadas durante o seu governo, arrancando aplausos da platéia. “Hoje elas já não vivem sobre o jugo do poder paralelo de traficantes e estão praticando esportes sob o comando de uma instituição super séria, comandada pelo Zico, o projeto Craque Nota 10”, falou.

Cabral citou a importância do Rio de Janeiro como palco de eventos. “É a cidade do planeta que terá o maior número de eventos relevantes nos próximos 10 anos”, disse, lembrando que em 2012 a cidade será sede da Rio + 20, quando receberá mais de 130 chefes de estado, e que em 2013 será palco da Jornada Mundial da Juventude Católica, que deve atrair mais de 3 milhões de jovens para um encontro com o Papa. “Além da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e das Olimpíadas”, apontou.

“Estamos preparados para deixar um legado para a população. Queremos que os que cheguem aqui encontrem uma cidade segura não só durante o evento, mas antes e depois, com mobilidade, lagoas, rios e praias limpos. E que os equipamentos esportivos sejam usados antes, durante e depois dos eventos. Aproveitem o Rio, uma cidade com uma capacidade de fazer grandes negócios e ser usufruída como poucas no mundo. Declaro aberta a Soccerex”, concluiu.