Bath & Body Works se desculpa por vela com embalagem que lembrava chapéus da KKK
A varejista removeu o produto das lojas físicas e do e-commerce e se comprometeu a reavaliar seus processos
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Meio & Mensagem
14 de outubro de 2024 - 6h00
Por Adrianne Pasquarelli, do Ad Age (*)
A Bath & Body Works está enfrentando críticas por um design em suas embalagens que se assemelha aos capuzes da Ku Klux Klan (grupo supremacista branco dos Estados Unidos), uma semelhança que foi destacada esta semana nas redes sociais e levou a varejista a emitir um pedido de desculpas.
A embalagem da vela de inverno “Snowed In” apresenta um floco de neve com recortes brancos, um estilo que foi comparado aos capuzes com buracos para os olhos usados pela KKK. A Bath & Body Works retirou a vela das prateleiras das lojas e ela também não está mais disponível online.
A situação ocorre dias após a Heinz retirar uma campanha publicitária que foi criticada por evocar blackface.
“Na Bath & Body Works, estamos comprometidos em ouvir nossas equipes e clientes, e em corrigir quaisquer erros que cometemos — mesmo aqueles que não são intencionais, como este”, escreveu a empresa em um comunicado. “Pedimos desculpas a todos que ofendemos e estamos trabalhando rapidamente para remover esse item, além de avaliar nosso processo daqui para frente.”
Na sexta-feira, no X, consumidores pediram à fabricante de fragrâncias e velas que melhore e assuma a responsabilidade. Um usuário sugeriu que, no futuro, minorias revisem as embalagens e designs dos produtos — uma sugestão que já foi feita inúmeras vezes diante de erros de outras marcas.
Nos últimos anos, algumas delas, como Adidas, Prada, H&M e Gucci enfrentaram reações negativas por produtos ou campanhas que pareciam racistas. Especialistas dizem que essas falhas ocorrem quando as empresas não diversificam as pessoas envolvidas na aprovação de designs, de modo a avaliar como serão recebidos em um mercado cada vez mais multicultural.
O dilema da vela da Bath & Body Works também surge em um momento em que muitos profissionais de marketing estão recuando em seus compromissos com diversidade, equidade e inclusão (DEI). No início deste mês, a Toyota Motor Corp. foi a mais recente a anunciar a reavaliação de tais programas em meio ao que a montadora chamou de “uma discussão altamente politizada” em torno do DEI.
Grupos de defesa como a Human Rights Campaign e a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) têm sido vocalmente críticos quanto aos retrocessos na justiça racial.
(*) Tradução: Roseani Rocha
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