BTG confirma pedido para IPO
Registro acaba de ser formalizado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas estreia das negociações ainda permanece indefinida
Registro acaba de ser formalizado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas estreia das negociações ainda permanece indefinida
Janaina Langsdorff
2 de abril de 2012 - 9h40
O BTG Pactual acaba de formalizar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro para a tão aguardada abertura de seu capital, plano já cogitado desde 2010, quando vendeu uma fatia de aproximadamente 18% (US$ 1,8 bilhão) para investidores, entre os quais representantes da família Rothschild e do clã italiano Agnelli, controlador da Fiat SpA.
Coordenado pelo próprio BTG, com a ajuda do Bradesco BBI, JPMorgan e Goldman Sachs, o IPO (oferta inicial de ações) deve gerar uma captação da ordem de R$ 2 bilhões, de acordo com informações publicadas na edição dessa sexta-feira, 2, pelo jornal O Estado de S. Paulo. O porcentual de venda do capital do banco e a data para a estreia da operação ainda permanecem indefinidos.
O montante será utilizado para a realização de novas aquisições e na expansão dos negócios internacionais, especialmente nas áreas de investimentos e gestão de recursos na América Latina e em mercados emergentes. Uma das transações mais recentes foi a compra da corretora chilena Celfin, operação estimada em R$ 245 milhões. Em 2010, o banco de André Esteves comprou também o Coomex e no ano seguinte foi a vez do Banco PanAmericano.
Outro segmentos fortemente disputado pelo BTG é o de drograrias, com a marca Brazil Pharma. Em 2011, a rede comprou a paraense Big Ben por R$ 453,6 milhões e anunciou ainda a aquisição da Estrela Galdino, a segunda maior drogaria de Salvador. O setor vive um momento de concentração, com a composição da Raia Drogasil, resultado da associação entre Drogasil e DrogaRaia, além da fusão entre a Drogarias Pacheco, do Rio de Janeiro, e a Drogaria São Paulo.
Estima-se que o valor do BTG – criado em 2009 e hoje com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Londres, Nova York e Hong Kong – gire em torno de US$ 15 bilhões. Em 2011, o banco teve um lucro líquido de R$ 1,92 bilhão, acréscimo de 70% com relação ao ano anterior. De acordo com o prospecto inicial divulgado na oferta pública de ações, o retorno sobre o patrimônio alcançou o índice de 24,2%, ante os 27% registrados no exercício anterior. O banco de investimento e a área de empréstimos corporativos respondem, cada uma, por 12% da receita total obtida no ano, de R$ 3,2 bilhões. Já os ativos sob gestão fecharam em alta de 31%, para R$ 120 bilhões.
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