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Colorir está na moda. Até quando?

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Colorir está na moda. Até quando?

Com os livros de colorir em alta, fabricantes de lápis de cor como Faber-Castell e Crayola colocam em prática estratégias para não perderem oportunidades


1 de junho de 2015 - 3h34

Mesmo com a oferta de uma infinidade de aplicativos que permitem pintar e desenhar, os livros de colorir para adultos fazem tanto sucesso a ponto de causarem a falta de lápis de cor no mercado. A moda dos livros utilizados como terapia antiestresse começou em dezembro do ano passado com o lançamento do título “Jardim Secreto’, seguido por uma dezena de outras opções que vão de histórias encantadas a desenhos de Andy Warhol.

A alta demanda por essas publicações impactou diretamente os fabricantes de lápis de cor, giz de cera e canetinha. Empresas como Faber-Castell e Crayola estão revendo a produção e lançando mão de estratégias de marketing e vendas. Um levantamento da Dinap, distribuidora de publicações em bancas, estima que o montante de livros de colorir distribuído em todo o Brasil chegue a R$ 30 milhões até o fim do ano. Somente entre abril e maio, a empresa entregou 1,5 milhão de exemplares, cerca de R$ 13,5 milhões. “Os livros para colorir se tornaram um fenômeno editorial”, diz Bruno Tortorello, diretor da Dinap.

Segundo Claudia Neufeld, diretora de marketing da Faber- Castell, a demanda por produtos para colorir alterou a dinâmica da companhia. “A alta percebida nas vendas em abril fez com que destinássemos mais espaço na produção para produtos com maior saída como estojos de 36 e 48 cores” De acordo com a executiva, essa mudança de mercado veio em boa hora. Em janeiro deste ano, a Faber-Castell lançou sua nova campanha “Ideias feitas à Mão”, criada pela agência David. Entre as ações, a marca montou uma plataforma para que seus clientes retomassem o hábito da pintura à mão. “Nós já vínhamos trabalhando a essa ideia que retoma o valor da escrita no papel e da importância de desenhar", diz Claudia.

Outra marca atenta a esse movimento é a americana Crayola, distribuída no Brasil pela Abrakidabra. De acordo com Chrystine Pricoli, diretora comercial da Abrakidabra, o aumento na demanda coincidiu com o período de voltas às aulas, no fim de fevereiro. “Os lápis de cor sumiram das prateleiras e dos estoques das fábricas e distribuidores”, explica. Para não perder a oportunidade, a empresa passou a divulgar nas redes sociais outros produtos além do lápis de cor como aquarelas, cola glitter e tinta guache. “Com essas alternativas conseguimos suprir a lacuna do lápis de cor.” A empresa mantém uma campanha intensa nas redes sociais para a promoção de produtos como canetinha e ações como oficinas em shoppings.

Para o mercado e a cadeia de produção que vai das editoras às fabricantes de itens para colorir, passando pelas livrarias, não havia hora melhor para que isso acontecesse. Muitos psicólogos vêm indicando o uso dos livros como terapia, muitos outros criticam o uso que está sendo dado ao material. A pergunta que fica é até quando esse ritmo de vendas dos livros deve se manter? ï»¿

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