Marketing

Copel Telecom, vencedora do 5G, lançará marca master

André Santini, head de marketing, fala sobre os planos da unificação de Copel Telecom, Sercomtel e Horizons, e a atuação em SP e região Norte do Brasil

i 12 de novembro de 2021 - 13h36

André Santini, da Copel Telecom: “Saímos do leilão do 5G exatamente com o que planejamos” (Crédito: Divulgação)

Vencedora da disputa do leilão de 5G pela faixa de 3,5 GHz da região Sul do Brasil, a Copel Telecom deve operar a rede no Paraná. Simultaneamente, a Sercomtel arrematou as licenças para operar no Estado de São Paulo e região Norte do País. Juntas, Copel e Sercomtel, mais a Horizons, são controladas pelo fundo Bourdeaux, do empresário Nelson Tanure (ex-sócio da Oi). A Copel Telecom participou do leilão em consórcio com a Unifique, de Santa Catarina, por meio do Consórcio 5G Sul. Contudo, Unifique e Copel trabalharão separadamente em Santa Catarina e Paraná, respectivamente.

Pelas regras do leilão, o Consórcio 5G Sul (composto em 62,77% pela Unifique e em 37,23% pela Copel), os compromissos são de promover, entre 2023 e 2030, a instalação de estações radiobase (ERBs) em 1.006 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e construção de backhaul/backbone em 11 cidades gaúchas.

O head de marketing da Copel Telecom, André Santini, fala sobre as faixas arrematadas no leilão de 5G, os planos da nova operação que deve ser lançada o ano que vem e unifica as marcas Copel Telecom, Sercomtel e Horizons, e a ampliação da atuação para o Estado de São Paulo e região Norte do Brasil.

Meio & Mensagem – Com a conquista das faixas para 5G, qual é o próximo passo?
André Santini – Saímos do leilão do 5G exatamente com o que planejamos. Somos uma empresa que acaba de nascer a partir da aquisição da Copel Telecom, Sercomtel e Horizons. São três empresas com portfólio bem consolidado no Paraná, com soluções em internet a partir da fibra óptica para públicos B2C e B2B. O leilão nos permitiu não só somar o 5G a esse conjunto de soluções, como também a ampliação para mercados como São Paulo e toda região Norte do País. A aceleração agora está na consolidação de portfólio ampliado somando nossa expertise na fibra óptica com a tecnologia 5G. Temos foco muito forte no B2B em vários clusters como logística, indústria e, em especial, o agrobusiness. Mas manteremos o DNA em soluções residenciais, com foco em entretenimento e segurança, entre outras frentes.

M&M – A Copel tem extensa rede elétrica. Essa rede pode ser aproveitada para operar o 5G?
Santini – Vale reforçar que nossa aquisição foi a Copel Telecomunicações S.A., uma empresa da Companhia Paranaense de Energia – Copel, que continua no seu core business de geração e distribuição de energia. A Copel Telecom tem excelente capilaridade no Paraná, pois está presente com a fibra nos 399 municípios do estado e estamos trabalhando em portfólio de soluções que unam esse novo conjunto de tecnologias.  Por exemplo: temos uma meta interna, independentemente do cronograma que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu nos editais para os próximos quatro anos, de lançar projeto-piloto já no 1º trimestre de 2022 com a tecnologia 5G FWA (que entrega capacidade de transmissão de dados onde a fibra óptica não chega) em uma cidade do interior do Paraná, cuja população esteja longe do universo digital, comparada aos grandes centros.

M&M – Sobre comunicação e marketing, como será a campanha da empresa?
Santini – Temos plano de comunicação bem consistente para este ano e 2022, que prevê, inclusive, o lançamento de marca master que vai absorver toda essa operação. O contrato de compra e venda oficializado em agosto deste ano prevê a utilização da marca Copel Telecom por seis meses. Ou seja, em meados de janeiro de 2022, nossa campanha terá a responsabilidade de comunicar uma nova marca. Estamos finalizando nosso projeto de branding para balizar essa fase da campanha. No início de novembro, iniciamos a veiculação de campanha para todo o estado do Paraná ainda com a chancela da Copel Telecom. Trata-se de uma campanha 360 graus que, além de reforçar o plano de mídia digital que estávamos veiculando desde o mês de setembro, conta também com um plano de mídia massivo com TV aberta, TV fechada, rádio e pontos de OOH em mais de 30 cidades do Paraná. A somatória desse esforço de comunicação está ligada diretamente ao conceito de jornada do cliente em que cada mídia tem sua importância e complementaridade, assegurando estratégia cada dia mais convergente para a comunicação das campanhas. A partir desse plano, era importante garantir uma mensagem empática que, além de transmitir os valores da marca Copel Telecom, também transmitisse os atributos dos seus serviços e o diferencial das ofertas. Contar com o Rodrigo Hilbert como porta-voz é gratificante. Uma personalidade autêntica, dinâmica e um cara boa gente, atributos que facilmente se incorporam a essa marca tão importante para os paranaenses e que certamente nos ajudará muito na passagem de bastão à nova marca. Importante reforçar que a campanha caminha junto com outras frentes do marketing em relação a BI, CRM e portfólio.

M&M – A empresa é conhecida no estado do Paraná. Essa comunicação será restrita ao estado?
Santini – O plano de mídia integrado online e off-line, sim. Tem um desenho para o estado do Paraná nessa primeira fase da campanha. Mas, certamente, vamos ampliar nossas frentes de comunicação à medida que a atuação geográfica acompanhará o desenho do leilão em São Paulo e a região Norte do País. Mas na frente de relações públicas, por exemplo, desde o início dessa nova operação, trabalhamos nacionalmente para assegurar melhor entendimento dos objetivos junto aos demais stakeholders de toda a cadeia de valor tecnológica e comunicacional.

M&M – Ao arrematar a licença no estado de SP e região Norte, a Sercomtel amplia a operação para nível nacional. Como isso será comunicado aos respectivos mercados?
Santini – Como disse, a operação passará a ser integrada, pois a Sercomtel é uma empresa do nosso grupo. Estamos trabalhando na estratégia de branding onde cada marca terá um papel estratégico, prevendo o lançamento de uma marca master ao marcado. Certamente, os novos mercados de São Paulo, região Norte e o Paraná serão impactados com a solução em branding no momento certo.

M&M – Quais são as expectativas da empresa com essas faixas e com as possibilidades do 5G?
Santini – Nossos lotes no leilão previam as faixas de 3,5 GHz e, como disse, tínhamos como objetivos os lotes São Paulo e Norte, bem como o Paraná. Nosso foco está na integração das tecnologias oriundas da fibra óptica e do 5G, com ênfase na internet das coisas (IoT) para indústrias, agronegócios e, com a região Norte, soluções voltadas à sustentabilidade e inclusão digital. Estamos cientes que agora entramos em patamar de soluções transformacionais para a sociedade. Quer seja num processo industrial, no consumo familiar em grandes centros; quer seja numa comunidade ribeirinha ainda distante do universo digital. Diria que esse contexto passa a direcionar o propósito a partir da nova marca que estamos construindo.

M&M – Existe algum projeto de branding para unificar Copel e Sercomtel em nova marca, já que ambas são controladas pelo fundo Bordeaux?
Santini – Sim, neste momento, estamos na fase final de um projeto de branding com a agência AM4. Um projeto consistente, a partir de várias pesquisas que fizemos com o mercado, nossa base de clientes e nossos executivos, para estruturar nosso conjunto de valores, os pilares que vão estruturar nossa base comunicacional e a nova marca, efetivamente. Tem muita ciência e muito carinho nesse projeto. Estamos confiantes!