Coronavírus começa a afetar setor de varejo dos EUA
Além da diminuição do fluxo de turistas chineses, empresas começam a sofrer com atrasos de produtos comprados na China
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12 de fevereiro de 2020 - 12h54
O coronavírus já representa uma ameaça para o setor de varejo nos Estados Unidos. Redes como a Canada Goose estão preocupadas com a queda nas visitas – e nas vendas – de suas lojas no País, que costuma ser bastante frequentadas por turistas chineses.
As marcas que compram materiais e produtos da China também estão sofrendo com atrasos e problemas nas entregas. As empresas de materiais esportivos, como Nike e Under Armour, que possuem lojas na China, também já citaram o impacto. Marcas de bolsas, como Kate Spade e Coach, também declararam que o vírus deve gerar um impacto negativo de até US$ 250 milhões nas vendas no ano fiscal.
“Os varejistas terão dificuldades de conseguir mercadorias e os para os atacadistas também será difícil conseguir cumprir com suas obrigações”, diz Edward Hertzman, fundador e presidente do Sourcing Journal, uma publicação focada no setor de varejo. Ele pontua que mesmo as marcas que não compram materiais e produtos diretamente da China irão sofrer, pois há uma boa chance dos fornecedores, de maneira geral, dependerem de produtos chineses. “A realidade é que, se a empresa estiver em Bangladesh ou no Vietnã, é possível que ela utilize tecidos ou outros produtos da China”, disse, acrescentando que a cadeia das entregas também será interrompida por conta dos atrasos nos portos.
A doença também está afetando a indústria da moda. O jornal Women’s Wear Daily noticiou nesta terça-feira, 11, que seis marcas chinesas cancelaram sua apresentação nos desfiles de Paris, incluindo a Shiatzy Chen, de Taiwan. A própria semana da moda de Xangai foi adiada. Representantes da Fashion Week Online, que organiza o evento, disse que em alguns casos as pessoas participarão dos desfiles e eventos de moda usando máscaras.
Nessa terça-feira, 11, executivos da Under Armour relataram atrasos no envio de seus produtos. Especialistas em varejo dizem que as coleções de primavera-verão da marca deve chegar com atraso nas lojas dos Estados Unidos.
A situação poderia ser ainda pior se os anunciantes não tivessem diversificado sua cadeia de fornecedores após o início das incertezas comerciais entre Estados Unidos e China, na opinião de Marie Driscoll, managing director de moda e luxo da Coresight Research, empresa de consultoria e pesquisas. Muitas companhias adotaram um novo modelo de cadeia de fornecedores, com empresas mais próximas. Se a epidemia ocorresse há dois anos, o impacto seria ainda mais dramático”, opina.
Ainda assim, Marie Driscoll diz que espera que as marcas comecem a tomar iniciativas para mitigar os efeitos da queda nas vendas e no fornecimentos. Aquelas que não tiverem o produto para entrega imediata, por exemplo, devem criar listas de espera para os consumidores.
Com informações do Advertising Age
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