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Escândalo da NFL divide patrocinadores

CEO da PepsiCo apoia liga de futebol americano após incidentes; Nike, por sua vez, interrompe contrato com jogador acusado de abuso infantil


18 de setembro de 2014 - 11h15

Por E.J. Schultz, do Advertising Age (*)

Após ser criticada pela Anheuser Busch InBev, na quarta-feira 17, a Liga Nacional de Futebol americano (NFL) ganhou fôlego no fogo cruzado com os patrocinadores após o voto de confiança dado pela PepsiCo nessa quinta-feira 18. A companhia de bebidas e alimentos é, ao lado da cervejaria, o principal anunciante e patrocinador da NFL.

A CEO de comidas e bebidas da PepsiCo e uma das mulheres de mais alto escalão em empresas americanas, Indra Nooyi, disse que os recentes incidentes de jogadores estão “criando uma nuvem sobre a integridade da liga”, mas ela também deu apoio ao comissário da NFL Roger Goodell e à liga em geral.

“Dada à parceria de longa data da PepsiCo com a NFL, conheço bem Roger Goodell. Trabalhamos juntos por muitos anos. Eu sei que ele é um homem de integridade e estou confiante de que ele vai fazer a coisa certa para a liga em meio aos graves problemas que enfrenta”, disse Indra, em comunicado. “Nos últimos dias, está mais evidente que a NFL começa a tratar estas questões com a seriedade necessária”, acrescentou.

A declaração da executiva veio após um questionamento da Bloomberg News sobre o relativo silêncio de três mulheres CEOs dos maiores patrocinadores: a própria Indra Nooyi, a CEO da General Motors, Mary Barra, e a CEO da Campbell Soup Co., Denise Morrison. De acordo com o texto da Bloomberg, “várias ativistas estão pressionando essas três CEOs a falarem algo” em relação ao caso de abuso doméstico de Ray Rice.

O que a CEO da PeosiCo disse fica no meio termo, começando com uma linguagem dura, mas, em seguida, terminando com louvor quando cita as medidas tomadas pela NFL em relação ao abuso doméstico de Ray Rice e as alegações de abuso infantil contra Adrian Peterson, que teve seu contrato com a Nike suspenso (leia mais abaixo). No geral, suas palavras são mais solidárias do que as da AB InBev. “Ainda não estamos satisfeitos com a forma como a liga está tratando esses comportamentos, que claramente vão contra a nossa cultura e código moral”, afirma a InBev.

Nike inverte o jogo
Poucas horas após o Minnesota Vikings banir o jogador Adrian Peterson em meio a alegações de abuso infantil, a Nike também fez sua parte. A maior fabricante de artigos esportivos do mundo suspendeu seu contrato de patrocínio com o astro do futebol americano nessa quarta-feira 17, cerca de 12 horas depois de dizer que ele continuaria a ser um atleta da marca. Os Vikings, sob a pressão de fãs, patrocinadores e políticos, incluindo o governador de Minnesota Mark Dayton e o senador Al Franken, resolveu deixá-lo de fora do jogo no próximo domingo.

“De maneira alguma, a Nike tolera abuso ou violência doméstica de qualquer tipo e temos compartilhado nossas preocupações com a NFL”, disse KeJuan Wilkins, porta-voz da empresa. Ele se recusou a responder a perguntas.

 

* Tradução: Bruna Molina 

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