Estrela e Mattel abrem o jogo

Meio & Mensagem
9 de outubro de 2015 - 8h15

Por Luiz Gustavo Pacete e Mariana Stocco

As vendas no Dia das Crianças devem manter o mesmo ritmo da economia nacional, apresentando queda de até dois dígitos na comparação com o ano passado, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o faturamento para a data deve cair entre 10% e 12% no estado de São Paulo. Normalmente, as famílias brasileiras gastam cerca de R$ 6,6 bilhões por ano com brinquedos e jogos. Destes gastos, 27,6% correspondem às classes A e B, 59,2% à classe C e 13,2% às classes D e E.

O momento ruim da economia brasileira propiciou um dólar mais alto que, por tabela, ajudou a indústria de brinquedos a combater o avanço dos importados. “Embora, o momento seja de muita retração como um todo, na contramão desse acontecimento tem o avanço da indústria nacional, já que está inviável comprar produtos importados”, conta Aires Fernandes, diretor de marketing da Estrela. “Neste ano, tivemos uma encomenda 10% maior que ano passado em função disso”, reforça.

A gerente sênior de trade marketing da Mattel do Brasil está otimista com o cenário econômico: “esse é um ano de desafios para o mercado em geral e é importante que as empresas estejam atentas e ofereçam, em seu portfólio, um mix de produtos que atenda às diferentes necessidades de consumo”, afirma Lídia Luiz. “ Estamos confiantes de que o mercado de brinquedos continuará crescendo e estamos nos preparando para um excelente Dia das Crianças.”

Aires Fernandes afirma que o investimento em lançamentos é a principal estratégia da marca neste ano que trabalha com um valor 15% superior ao ano passado. Só a Estrela lançou 250 novos brinquedos esse ano, sendo que 100 foram para o Dia das Crianças. Já a Mattel entrou em novas categorias com alguns lançamentos. “2015 é um dos anos com maior número de lançamentos e inovações para a Mattel. Ampliamos marcas já consolidadas como Barbie, Ever After High, Imaginext e Max Steel,” conta Lídia.

Batalha digital

Os brinquedos andam enfrentando uma concorrência desleal com os tablets e smartphones. É cada vez mais comum ver os pequenos com aparelhos digitais do que com carrinhos e bonecas. Para isso, é necessário que as empresas desenvolvam produtos que envolvam tecnologia para prender a atenção das crianças.

“Esse é o desafio do mercado de brinquedos. Hoje a agenda da criança é muito repleta, as crianças estão muito solitárias”, afirma Aires. “A tendência do brinquedo é trazer muita tecnologia embarcada, tem que convidar a criança para brincar com ele", conclui.