FCA desiste de fusão com Renault
Grupo ítalo-estadunidense afirma que problemas políticos na França impedem o acordo, apesar de concordar que a parceria ainda seria vantajosa
Grupo ítalo-estadunidense afirma que problemas políticos na França impedem o acordo, apesar de concordar que a parceria ainda seria vantajosa
Salvador Strano
6 de junho de 2019 - 9h12
A Fiat Chrysler desistiu da fusão com o grupo Renault. A decisão foi tomada em reunião do conselho administrativo da companhia realizada na noite dessa terça-feira, 5. Em comunicado, a empresa afirma que a condição política da França seria impeditiva ao acordo. O governo comandado por Macron é acionista da Renault.
Segundo nota, a FCA “permanece firmemente convencida quanto à lógica sólida e transformadora da proposta”, mas buscará a complementariedade das tecnologias automotivas emergentes, como carros elétricos e autônomos, por outros meios.
Com a parceria, a preocupação do governo francês se baseava, principalmente, na fuga de postos de trabalho para a Itália, que seria um parque industrial mais barato. Apesar disso, em comunicado divulgado no pedido de fusão, a FCA havia afirmado que o plano de ação não fecharia nenhuma fábrica.
A perspectiva do acordo estaria causando mal-estar entre a companhia francesa e a Nissan, que são parceiras na Aliança, que inclui também Mitsubishi, há duas décadas. Isso porque os ativos da FCA não eram entendidos como complementares pela montadora japonesa – em mercados como os EUA, a Fiat é uma de suas principais competidoras.
Entre o Grupo Renault e a FCA, entretanto, as oportunidades no horizonte eram, principalmente, a junção da tecnologia de carros elétricos da francesa com a de veículos autônomos da italiana. Caso o acordo fosse consumado e aprovado pelos órgãos antitruste, o resultado seria a terceira maior montadora do mundo, com um valor aproximado de US$ 35 bilhões.
Por meio de nota, o Grupo Renault afirma que está desapontado de não ter a oportunidade de continuar a buscar um acordo para a proposta da FCA.
*Crédito da imagem no topo: Tramino/iStock
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