Com campanha global, Gallo quer resgatar conexão humana à mesa
Brasil lidera retomada dos investimentos em comunicação da marca portuguesa de azeites com campanha criada pela Galeria sob o conceito “Gallo, o sabor que nos une”
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Giovana Oréfice
24 de junho de 2024 - 6h05
Atualizado às 09h16
A Gallo desembarcou no Brasil ainda no século XIX e, em 2024, o País lidera a comunicação global da portuguesa.
A marca estreou no último domingo, 23, a campanha “Gallo, o sabor que nos une”, que marca novo posicionamento e quer resgatar a conexão e relações humanas em torno das refeições à mesa.
Criado pela Galeria, que conquistou a conta em março deste ano para mais 28 países, o filme de um minuto foi apresentado pela primeira vez no intervalo do Fantástico, programa dominical da TV Globo, e terá veiculação na TV aberta – com enfoque especial em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no centro oeste. O plano de mídia conta, ainda, com estratégias de digital e out-of-home.
Posteriormente, a campanha será exportada para os outros países em que Gallo tem negócios, como Angola, Estados Unidos e Polônia, entre outros.
Ao lado de entidades que estudam o mercado e o comportamento do consumidor, a agência conduziu pesquisas que sinalizaram uma queda significativa nas refeições compartilhadas, seja em família, amigos ou entre colegas de trabalho. Ainda, a Galeria fez um recorte de mais de 30 campanhas de Gallo desde 1989, que continham a reunião em torno de refeições como um endosso para a comunicação, sobretudo no Brasil e Portugal.
“Realmente, todas as campanhas eram sobre esse convívio e presença à mesa, e isso é um sinal de consistência”, aponta Pedro Gonçalves, diretor global de marketing da Gallo. “Esse ritual que se perdeu principalmente ao longo dos últimos cinco anos, de partilharmos refeições, é justamente o insight que faz com que a campanha ‘Gallo, o sabor que nos une’ ganhe extrema relevância atualmente”, diz.
O conceito é potencializado por informações fornecidas pelo Ministério da Educação, que mostram que comer acompanhado é um fator benéfico para a saúde mental e física. De acordo com Gonçalves, os produtos de Gallo são inseridos nos alimentos que unem as pessoas ao redor da mesa.
Confira o filme da campanha:
O diretor global de marketing reforça que Gallo começou a ser comercializado no Brasil antes mesmo de Portugal, e que o País é o principal mercado para a marca. “O Brasil é o nosso país prioridade quando pensamos em estudo de consumidor, desenvolvimento de inovação e gestão de talentos. É aqui que investimos até desproporcionalmente versus outras regiões”, explica.
O País também foi o primeiro a receber o rebranding de Gallo. A nova identidade visual veio com o propósito de reforçar os atributos de sofisticação e sensorialidade, ao mesmo tempo que mantém tradição construída ao longo dos anos. Ao longo de 2024, a marca continuará a renovar seu portfólio, levando a nova identidade para azeitonas em conserva e vinagres.
A retomada de investimentos em marketing em mais de cinco anos é justificada pela estabilidade do segmento após o que chama de “choque de oferta” do azeite. A situação foi motivada, sobretudo, pelas secas na Bacia do Mediterrâneo, na Europa. O local detém de 80% a 90% de toda a produção global. O fato fez com que os preços do item disparassem em todo o mundo, inclusive, no Brasil.
Comscore lança solução de medição no Brasil
Hoje, o preço médio da categoria no Brasil ronda R$ 42 pela garrafa de 500ml – o formato mais vendido. Em 2019, o valor ficava em torno de R$ 16. “Isso fez com que a gente readequasse os esforços de comunicação, justamente porque não sabíamos também como o consumidor iria reagir. Nós tomamos a decisão de não colocar esforços por trás de uma categoria que não saberíamos sequer se teria volume o suficiente para endereçar a procura”, relembra Gonçalves.
Além disso, Gallo celebra, pela primeira vez, o marco de azeite mais premiado do mundo. O marco inédito será refletido na comunicação: a campanha também contará com o mote “Gallo, o azeite mais premiado do mundo”.
Por trás dos esforços em comunicação há também a ambição de conquistar uma parcela de 40% de brasileiros que ainda não consomem o azeite, seja a marca que for. “Apesar de muito difundida a noção de que o azeite é a gordura vegetal mais saudável que existe, há muitas geografias do novo mundo, fora da Europa, que não têm o awareness sobre suas vantagens”, discorre o diretor de marketing, que reconhece o preço como uma barreira de consumo, especialmente no Brasil.
Para isso, e para manter consumidores por perto, Gallo apresentou embalagens menores de 250 ml com a metade do preço. Ademais, trouxe de volta a lata de 200 ml. O formato é destinado àqueles que começaram a consumir azeite durante a pandemia, mas que gostariam de manter o hábito e não podem desembolsar R$ 42 pela embalagem de meio litro.
Em breve, planejam ainda apresentar produtos voltados para os que desejam utilizar o azeite para fins culinários. Neste sentido, Gallo tem como target as novas gerações que, ao contrário das passadas, não têm o hábito de sentar à mesa para partilhar refeições. Entre suas características, estão a moradia solo, menor poder aquisitivo e a busca por alternativas ao óleo de cozinha.
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