Marvel e DC: diferenças e similaridades nos negócios

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Marketing

Marvel e DC: diferenças e similaridades nos negócios

No campo do licenciamento, as marcas que atualmente dominam os cinemas mundiais possuem perfis diferente na maneira como lidam com seus parceiros


30 de junho de 2017 - 10h35

 

O próximo Homem Aranha, da Marvel, que estreia no dia 7 de julho

Se você foi a uma sala de cinema nos últimos seis meses, independentemente do filme que assistiu, deve ter visto algum trailer de filmes da Marvel ou da DC. Logan, Guardiões da Galáxia, Mulher Maravilha, Homem-Aranha, Liga da Justiça… Pelo menos até 2020, essas duas marcas já possuem investimentos milionários para estender suas franquias e expandir seus universos.

Desde que comprou a Marvel em 2009, por US$ 4 bilhões, a Disney transformou a empresa em uma das marcas mais valiosas do entretenimento e impulsionou diretamente a motivação da concorrente DC, parceira da Warner, nesta corrida de heróis. Um levantamento recente, realizado pelo The Verge, utilizando dados do Box Office Mojo e do IMDB, mostra que, desde 1978, quando o primeiro filme de Superman foi lançado, até 2014, a Marvel já arrecadou US$ 17,7 bilhões em bilheterias contra US$ 8,9 bilhões da DC.

Esse movimento causa reflexos diretos no mercado de licenciamento e na forma como ambas fazem negócios. E quando a disputa vai para fora das telonas, as diferenças das concorrentes são bem maiores. “As duas empresas têm décadas de conteúdo nas HQs, com várias reformulações de personagens e universos e têm usado isso como base para suas estratégias”, diz Marcelo Forlani, editor e cofundador do Omelete Group. Segundo Matheus Machado, CEO Loja Mundo Geek, essas empresas possuem formas muito distintas de lidar com seus parceiros. “Os custos de licenciamento são parecidos, a grande diferença é na questão da aprovação e a liberdade em fazer coisas que não estão exatamente nos guias de banco de imagens autorizadas”, diz Machado.

 

Ambas também apostaram nos anti-heróis, como o Esquadrão Suicida, da DC

Para Rodrigo Dias, community manager da Gameloft Brasil, a Marvel é muito mais forte do que a DC nas redes sociais. “Os atores fizeram um bom trabalho em todos os cantos e o pessoal se identifica muito com eles. Fora que a Marvel consegue criar uma sinergia e storytelling multicanal entre o universo cinematográfico, jogos e quadrinhos seguindo e adicionando conteúdo dos filmes, algo que a DC está bem atrás ainda”, diz Dias.

Já Talita Sobral, fã de quadrinhos e filmes de heróis, avalia que elas estão equilibradas no digital. “Os atores estão encarnando cada vez mais os personagens e interagindo com os fãs de forma orgânica, tipo o Ryan Reynolds (Deadpool) e o Jared Leto (Coringa de Esquadrão Suicida) que criaram um buzz gigantesco agindo como os personagens até fora dos estúdios”, diz Talita.

 

Lida da Justiça, da DC, que estreia em novembro

De acordo com Marici Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Licenciamentos (Abral), a principal característica das duas empresas recentemente foi a capacidade de inovação. “As duas criaram, nos últimos anos, um novo olhar estratégico sobre o licenciamento de marcas. A precisão e qualidade dos programas de licenciamento de seus respectivos portfólios de super-heróis inspiram cada vez mais outros segmentos”, diz Marici.

Os principais pontos entre Marvel e DC:

Licenciamento
Os custos de ambas são parecidos. No entanto, a grande diferença é na questão da aprovação e a liberdade em fazer coisas que não são exatamente o que está nos guias de banco de imagens autorizadas. A Warner dá mais liberdade para fazer coisas diferentes do que se encontra nas prateleiras dos grandes magazines. Já a Marvel, não possui a rigidez da Lucas Filmes, detentora de Star Wars, mas é menos permissiva que a DC.

Organização de portfólio
Enquanto a Marvel tem personagens espalhados por vários estúdios, a DC tem todos os personagens “em casa”, sob o guarda-chuva da Warner Bros. Isso ajuda na hora de licenciar, pois é do interesse da marca utilizar os personagens que ela tem direito de explorar em todos os níveis e possibilidades.

Conteúdo
As duas empresas têm décadas de conteúdo nas HQs, com várias reformulações de personagens e universos e têm usado isso como base. Mas enquanto a DC se preocupava com os filmes solo de seus personagens, a Marvel foi criando um universo, que começou com Homem de Ferro, passou por Hulk, Capitão América e Thor até chegar aos Vingadores e depois Guardiões da Galáxia, Homem Formiga, Doutor Estranho, etc.

Influência
O ritmo das duas empresas em investir em expansão de personagens influenciou toda a categoria de licenciamentos. A volta da onda de heróis impulsionada por um processo nostálgico da década de 1980 também favoreceu ambas.

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