Mercado brasileiro de beleza avança na internacionalização

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Mercado brasileiro de beleza avança na internacionalização

Setor de cosméticos e itens de beleza ganha força fora do Brasil, com isso, marcas mais tradicionais e jovens fortalecem suas estratégias de internacionalização


28 de setembro de 2023 - 6h00

O mercado de beleza e cuidados pessoais brasileiro vem crescendo. De acordo com dados da Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado nesse segmento, atrás de Estados Unidos, China e Japão. Já no segmento de fragrâncias, o Brasil aparece em segundo lugar, apenas atrás dos EUA.

Com isso, o setor de beleza brasileiro está ganhando cada vez mais espaço em mercados internacionais. Grandes marcas brasileiras de beleza, como O Boticário, Quem Disse, Berenice?, e Truss, do Grupo Boticário, tem aberto operações em países da Europa, Ásia e América do Norte. Marcas mais jovens e nativas digitais, como a Simple Organic, também já conquistaram águas internacionais.

mercado de beleza brasileiro

Loja de O Boticário no Algarve Shopping, em Portugal (crédito: Divulgação)

O grupo atualmente tem presença em mais de 40 países com suas marcas, entre eles Portugal – onde inaugurou uma loja de O Boticário, ainda em 1987, que ainda permanece lá – Estados Unidos, Colômbia e Japão. “Nossa missão é criar uma plataforma de crescimento internacional rentável e autossustentável, fortalecendo o ecossistema de beleza e criando opcionalidade de longo prazo para o Grupo Boticário”, explica Breno Annibal Cavour, Diretor-Executivo de Mercado Internacional do grupo.

Para chegar em todos esses mercados, a companhia trabalha de forma organizada e sistematizada. O primeiro passo é a avaliação do fit do Boticário com os maiores mercados de beleza globais. “Avaliamos o perfil cultural e preferência olfativa das consumidoras, inserção de lojas monomarca e venda direta como canais no mercado da beleza, além de verificarmos também a facilidade de se fazer negócio no país”, revela Cavour.

A partir disso, o Grupo Boticário cria um roadmap de expansão e decide onde a companhia atuará diretamente e em quais locais apenas firmará parcerias com negócios locais. Para os mercados com alto potencial, mas baixo fit com o seu modelo de negócio principal, a organização avalia um modelo de exportação de marcas do grupo que atuam mais como empresa de bens de consumo no canal não proprietário, como lojas de departamento e farmácias. Já para os locais onde decide montar uma operação própria, como fez nos Estados Unidos há dois anos, o grupo procura levar a sua cultura.

Por falar em cultura, entender como entrar num país com uma cultura totalmente diferente é um dos principais desafios do Grupo Boticário nesse processo de internacionalização. “Antes de iniciarmos a implementação de uma nova unidade em outros países, realizamos estudos culturais, de sociedade e mercado, para compreender o fit de nossas marcas com o local e seus cidadãos porque não queremos ser vistos como outsiders, mas, sim, eventualmente fazer parte da cultura local de fato”, afirma o diretor-executivo de mercado internacional do Grupo.

Movimento inverso

Por ser uma marca nativa digital de clean beauty, tendência mais nova nesse segmento, a Simple Organic, por sua vez, de acordo com sua coordenadora geral, Renata Pizoni, não apresentou dificuldades ou barreiras ao levar a sua marca para os Estados Unidos, há um ano. “Levamos muito da forma com a Simple cresceu e nasceu aqui no Brasil. Ela nasceu como uma nativa digital e fomos para lá também como uma nativa digital. Abrimos o nosso site próprio, temos cinco centros de distribuição lá para atender o país todo, vinculado ao nosso site e também estamos na Amazon”, reforça Renata.

A empresa foi fundada em 2017, por Patricia Lima, que seguiu a lógica inversa ao Grupo Boticário, e trouxe uma tendência de fora para o Brasil. “A construção da Simple veio de uma pesquisa da Paty lá fora, na Califórnia. Ela trouxe essa tendência de clean beauty para cá. Por isso que fica fácil replicar lá, que veio de lá”, explica a coordenadora geral.

Para organizar sua operação nos Estados Unidos, a Simple Organic, conta com um time no país, além de colaboradores que atuam aqui no Brasil, mas respondem à equipe dos EUA. “Trabalhamos em formato de célula, então aumentamos e diminuímos o time conforme a necessidade”, salienta Renata. Quando a companhia participa de eventos, como aconteceu ao patrocinar a Nova York Fashion Week deste ano, leva pessoas do time no Brasil para os Estados Unidos para fortalecer o trabalho.

Falando em eventos, eles são uma das formas que a Simple Organic encontrou de reforçar a sua presença no mercado estadunidense, além das campanhas e ativações nas redes sociais. A empresa também enxerga nas parcerias com outras marcas brasileiras um caminho para fortalecer a sua marca fora do Brasil.

Apesar de seu esforço estar concentrado em crescer sua marca nos Estados Unidos, a Renata revela que a Simple recebe muitos pedidos através das redes sociais para ir para a Europa. “Temos uma busca muito forte especialmente em Amesterdã e Lisboa. Também temos uma procura grande por franquia lá fora, na Europa”, frisa a coordenadora. Ela revela ainda que, a partir do momento em que a marca fizer esse movimento rumo à Europa, irá trilhar quase que o mesmo caminho que fez para os Estados Unidos.

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