Mondelēz e Coca-Cola buscam referências fora do Vale do Silício
Gana e China são, respectivamente, destinos de projetos de inovação das empresas em busca de novas trocas de conhecimento
Mondelēz e Coca-Cola buscam referências fora do Vale do Silício
BuscarMondelēz e Coca-Cola buscam referências fora do Vale do Silício
BuscarGana e China são, respectivamente, destinos de projetos de inovação das empresas em busca de novas trocas de conhecimento
Luiz Gustavo Pacete
7 de março de 2019 - 6h00
Quando o assunto é inovação, a associação com o Vale do Silício, na Califórnia, é direta. No entanto, grandes empresas também incluem em seus projetos de inovação a busca de referências em mercados fora do eixo. Sejam eles voltados a desenvolvimento de produto, sejam em trabalho social, o objetivo é trazer novas ideias na mala.
Laiz El-Assad, gerente de e-commerce da Coca-Cola Brasil, está há três meses em Shangai, na China, para um projeto de troca de experiências. Por lá, ela pôde acompanhar o nível de desenvolvimento está o e-commerce chinês. “O que mais impressiona é a velocidade com que as coisas são desenvolvidas. Para se ter ideia, o WeChat, muito conhecido fora da China, não é somente um aplicativo de mensagens como o WhatsApp, mas por meio dele as pessoas fazem tudo, de pagamento de contas à solicitação de comida”, explica.Ela reforça que o projeto tem relação com o investimento da Coca-Cola em projetos de transformação digital, o que força a empresa a buscar referências em outros mercados. O objetivo é desenvolver novos serviços e produtos. “Desde 2015, estou envolvida com projetos de e-commerce. No início, ele tomava 20% do meu tempo, depois 50% e agora tornou-se algo estratégico. E China é uma referência perfeita por ser o maior mercado de comércio eletrônico”, explica. Outro foco foi entender, por exemplo, como o time da Coca-Cola China desenvolve novos produtos.
A Mondelēz Brasil esteve representada, no final do ano passado, por três profissionais que se juntaram a um grupo de outros 15 colaboradores do grupo de outros países, todos enviados à Gana, na África. Batizado de Joy Ambassadors, o projeto tem como objetivo colocar os funcionários em contato com vivências de agricultores locais no cultivo de cacau sustentável.
Por lá, os brasileiros puderam desenvolver oficinas comunitárias e entender o processo de inovação local. “Atualmente, esse programa da Mondelēz International atinge mais de mil comunidades e mais de 120 mil plantadores de cacau, o que representa aproximadamente 35% do volume de cacau consumido pela Mondelēz”, explica.
Marcelo Trez, diretor de vendas da Mondelēz Brasil, comenta que o projeto também foca em habilidades humanas. “Também sinto que me desenvolvi além do nível profissional, como ser humano, pelo envolvimento em uma cultura e ambiente completamente diferente que vivemos diariamente e a percepção de como podemos fazer a diferença na vida de outras pessoas”. Já para Betina Corbellini, líder de RH da Mondelēz Brasil, o lado social do projeto também pode enriquecer a experiência. “É intensa e repleta de emoção. Eu confesso que deixei um pouco de mim em Gana e levei muito de Gana comigo”, explica.Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros