Natura quer celebrar os 50 anos com mais engajamento
Marca pretende mostrar que a atuação socioambiental pode unir consumidor e ser muito mais que cosmética
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Roseani Rocha
15 de fevereiro de 2019 - 16h58
Em evento na Casa Natura Musical nesta semana, a Natura deu início às comemorações de seus 50 anos, já que a empresa foi fundada em 1969. No ano seguinte, abriu uma loja na rua Oscar Freire, na capital paulista. Já o modelo de venda direta com o qual ela cresceu foi adotado quatro anos depois, em 1974 (hoje são 1,1 milhão de consultoras presenciais e 400 mil consultoras digitais).
No encontro, Andrea Alvares, vice-presidente de marketing, inovação e sustentabilidade da Natura exaltou o pioneirismo da companhia em diferentes temas ligados à sustentabilidade e sua atuação socialmente responsável. “Desde o início, a Natura mostra que dá para ser diferente e construir um mundo melhor”, afirmou a executiva.
A empresa foi a primeira brasileira a oferecer refis de produtos, em 1983. Nos anos 2000 lançou Ekos, linha de produtos desenvolvida com bioativos da Amazônia, e, em 2006, aboliu os testes em animais (em setembro do ano passado, recebeu o selo Leaping Bunny, da Cruelty Free International). No ano seguinte, tornou-se 100% carbono zero, o que significa que se compromete a compensar até as viagens feitas por seus executivos. No âmbito social, um projeto destacado foi o Crer para Ver, que existe desde 1995. Trata-se de uma linha de produtos cuja renda é destinada a apoiar escolas públicas. Hoje, segundo Andrea, o projeto só perde em arrecadação para o Teleton.
Na ocasião, a Natura também apresentou o movimento “O Mundo É Mais Bonito Com Você”, expresso num filme institucional da agência Africa (assista abaixo), mas cuja concepção foi bastante colaborativa. Também participaram equipes do Mesa & Cadeira, da @hybrid_collab, de Ana Cortat, e profissionais independentes. A ideia central é convidar as pessoas a serem também agentes de transformação social e apoiar as causas que a companhia defende, como “o compartilhamento de riqueza, a não realização de testes em animais, a valorização da diversidade, a redução de resíduos, a escolha de ingredientes vegetais e de fontes renováveis, o cuidado com a origem dos produtos e o combate às mudanças climáticas”.
Outros seis filmes menores, relacionando submarcas da Natura ao tema, também serão exibidos em TV e, para as plataformas digitais foram criados seis minidocumentários. Andrea Alvares afirmou que o movimento como um todo terá três fases. A primeira abordará a marca (o que a Natura faz pelo mundo). Na segunda, o foco serão as pessoas (destacar o que elas podem fazer). E a terceira terá como palco o Rock in Rio, reunindo todos que acreditam e desejam transformar o mundo (e sabem que suas escolhas de consumo também são um ato político, social e ambiental).
Embora tenha destacado todas as boas coisas feitas pela Natura nestes seus primeiros 50 anos, Andrea também revelou áreas em que a empresa ainda precisa e deseja melhorar. A agenda racial é uma delas, pois os números da própria Natura neste quesito não satisfazem a empresa. Outra questão é endereçar mais fortemente o tema da violência contra as mulheres, problema detectado mesmo na rede de consultoras da marca.
No âmbito dos negócios, a Natura &Co, que engloba a Natura, Aesop e The Body Shop, as duas últimas adquiridas pela Natura respectivamente, em 2012 e 2017, registrou crescimento de dois dígitos na receita líquida do terceiro trimestre de 2018: R$ 3,24 bilhões, alta de 37,1%. Nos nove primeiros meses do ano, a receita líquida cresceu 48,1%, chegando a R$ 9 bilhões. Os dados do 4º trimestre e consolidado do ano serão divulgados na próxima sexta-feira, 22. “Com crescimento de dois dígitos da receita e EBITDA ajustado, e com o lucro líquido mais que dobrando, a Natura &Co registrou mais um trimestre de excelente desempenho, evidenciando o crescimento consistente e a força do nosso grupo global, multimarca e multicanal”, comentou a Administração da empresa na última divulgação de resultados.
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