Opinião – Gian Martinez: Uma nova geração
Não podemos apostar nosso futuro na sorte de um lampejo de craque. Temos de consolidar as bases para um Brasil pujante, inovador. Precisamos dar as condições para ?o conjunto? crescer
Não podemos apostar nosso futuro na sorte de um lampejo de craque. Temos de consolidar as bases para um Brasil pujante, inovador. Precisamos dar as condições para ?o conjunto? crescer
Meio & Mensagem
1 de julho de 2014 - 8h07
Por Gian Martinez (*)
O melhor ainda vem por aí.
Unindo talento com inconformismo.
Energia de gente fazedora, conectada, sonhadora.
Que quer movimentar uma energia do bem.
Gente que gosta de estar junto.
É uma geração definida pelo espírito. Não pela idade.
Que tem desafios dantescos pela frente.
Que sabe que arregaçar a manga é o único caminho possível.
E que se unir, trocar, aprender, evoluir são as coisas mais inteligentes a fazer.
Que viveu nessa Copa um verdadeiro choque de realidade.
Um momento épico. Dentro e fora dos gramados.
Dentro de campo a Copa das Copas.
Fora de campo a Copa da reflexão.
Pudemos nos observar em um estado de consciência maior, de maturidade.
Sem estar puramente perdido na festa.
Vimos nossas alegrias e tristezas. Virtudes e mazelas.
Nossa real atual capacidade.
Não com uma visão sentimentalista. Mas com uma visão pragmática.
Vimos que quando a bola rola tudo pode acontecer.
Que existem heróis e vilões em todos os lados da história.
E que, infelizmente, essa Copa não será lembrada pela inovação.
Miguel Nicolelis na frustrante cerimônia de abertura foi o paralelo perfeito.
A atenção que se deu ao seu brilhante trabalho representa a atenção que se dá à inovação neste Brasil.
E já comprovamos que não existe um futuro melhor sem inovação.
Mas isso vai mudar. Já está mudando.
Ele era a minoria absoluta naquele show. Mas estava lá.
Outros “exoesqueletos” estão espalhados pelo Brasil.
Formando essa geração, com essa nova mentalidade.
Que não aceita a ideia de não conseguir se mexer.
Gente pensando grande, pensando de forma global.
Mas não podemos apostar nosso futuro na sorte de um lampejo de um craque.
Ainda temos muito, muito, muito a evoluir.
Temos de consolidar as bases para um Brasil pujante, inovador.
Precisamos dar as condições para “o conjunto” crescer.
Aí teremos de verdade um gigante acordado.
Para isso precisamos impulsionar essa nova geração.
Incorporar o famoso “tamo junto”.
Falar menos.
E trabalhar.
* Gian Martinez é cofundador da Coca-Cola Accelerator e escreve para o Meio & Mensagem mensalmente. Este artigo está publicado na edição 1616, de 30 de junho de 2014, de Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android.
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