Oportunidades da Copa ? Cuiabá
Mercado local festeja realização da Copa com expectativa de que a matriz econômica dependa menos do agronegócio
Mercado local festeja realização da Copa com expectativa de que a matriz econômica dependa menos do agronegócio
Meio & Mensagem
10 de novembro de 2011 - 6h30
Por Rodrigo Manzano
Com a chegada da Copa em Cuiabá, a cidade vai ser literalmente coberta com novas cores. Um projeto que envolve a Rede Matogrossense (afiliada da Globo), a agência Genius e a Maxvinil pretende, em breve, escolher pontos estratégicos da capital do Mato Grosso que serão pintados por artistas locais. A integração entre um veículo, um anunciante e uma agência de propaganda revela um fenômeno que começou com a escolha de Cuiabá como sede da Copa do Mundo, em 2014. A cidade está eufórica.
A Rede Matogrossense está em fase de planejamento, mas destaca que vem investindo no esporte e em ações de relacionamento que visam fortalecer o mercado local, integrando a população em torno da Copa do Mundo. Cícero Mariano Sá, gerente de marketing da Rede Matogrossense, cita como exemplo a Corrida de Reis, duas copas de futsal e a Copa Centro-América, cujo foco é o futebol amador na fase escolar. Além disso, há uma preocupação de acompanhamento das obras, por meio de cobertura editorial e projetos nas áreas de mobilidade e turismo. “Queremos divulgar Cuiabá para o resto do mundo”, entusiasma-se.
Já Carlos Eduardo Dorileo Carvalho, diretor comercial do Grupo Gazeta – formado pelo Jornal Gazeta, TV Gazeta (afiliada da Record), rádio CBN local e site Gazeta Digital – acredita que a Copa, independente dos direitos de transmissão reservados à concorrente, pode gerar bons negócios para todos os veículos de comunicação. O grupo prepara a oferta de pacote cross media para o período, que começará a ser vendido em 2013. “Todo o pessoal de marketing das empresas de varejo, de indústria e de comércio em Cuiabá está de olhos voltados para Copa”, afirma Dorileo.
Agências
O entusiasmo também pode ser percebido nos primeiros movimentos estratégicos das agências, com olhos em 2014. “O mercado vinha em um equilíbrio bacana; com o resultado da Copa, aqueceu ainda mais”, conta Junior Brasa, da Genius, que se debruçou sobre os efeitos da Copa na África do Sul, em 2010, para preparar a agência para a Copa no Brasil. “Assim como aconteceu lá, onde a população se beneficiou de uma herança muito positiva, acho que Cuiabá vai ser um fenômeno”, prevê.
“Estamos totalmente voltados para a Copa”, afirma Ziad Fares, presidente da ZF Comunicação. Ele aponta que, com a realização da Copa no Mato Grosso, as agências precisarão entender de maneira mais ampla as necessidades dos clientes, oferecendo soluções para além da veiculação publicitária tradicional.
A meta da ZF é que ela aumente o faturamento em ações de no-media, chegando a 50% de ações publicitárias tradicionais e os outros 50% em assessoria de comunicação, promoção, eventos e digital. Hoje o faturamento é 80% concentrado em propaganda. Com a Copa, afirma Ziad, “a ZF, que era especificamente uma agência de publicidade, vai ser uma agencia 360°”.
Rodrigo Timotheo, diretor de criação da GMA Cordeiro, entende que os investimentos em obras vão gerar um ciclo positivo de consumo e investimento em comunicação, desde agora. “Onde tem consumo, tem publicidade. E vice-versa”, sentencia. Para ele, a Copa veio incrementar essa onda positiva da economia local. O próximo passo é abrir diálogo com os clientes, para que eles possam aproveitar as oportunidades que a realização do torneio na cidade vai produzir.
Investimentos públicos
O retorno do investimento público, espera-se, virá por meio de novos negócios e do fortalecimento de novos segmentos econômicos na cidade, afirma Eder Morais, secretário estadual extraordinário para a Copa. “O setor de prestação de serviço, com certeza, vai ganhar uma musculatura maior. O setor de indústria também: hoje já há uma transformação na matriz econômica do estado, no ponto de vista do processamento de produtos primários que são produzidos aqui”, explica o secretário.
As obras previstas no plano em execução também têm como meta corrigir problemas crônicos, cujos investimentos seriam mais difíceis não fosse a realização de jogos da Copa do Mundo na cidade. “Não só os cuiabanos, mas todos os mato-grossenses têm expectativas a respeito do legado que a Copa vai deixar”, afirma Morais. “Se perdêssemos essa oportunidade, não acredito em outro momento da história que conseguiríamos realizar todas as obras que estão programadas”, reconhece o secretário.
Leia a reportagem completa na edição Meio & Mensagem Especial Oportunidades da Copa
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