P&G cria iniciativa em prol da empregabilidade LGBTI+
Campanha em parceria com Grey Brasil e Fórum de Empresas e Direitos LGBTI inclui também consultoria profissional gratuita com projeto Transpor
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Carolina Huertas
28 de abril de 2021 - 18h42
A P&G apresentou nessa quarta-feira, 24, a iniciativa “PrideSkill — Porque ter orgulho de quem você é também é uma skill”, que busca auxiliar profissionais LGBTI+ a se conectarem com as empresas através do uso do termo “pride”. A companhia produziu filtros para o Instagram e o Facebook, além de uma capa oficial para o LinkedIn, tanto para os candidatos, quanto para os contratantes, para estimular o orgulho da comunidade no meio profissional. Segundo dado levantado pela marca, 61% dos funcionários LGBTI+ no Brasil optam por esconder sua sexualidade dos seus supervisores.
O movimento integra as plataformas de causas da empresa ao lado dos projetos da Aceleradora Social, Por Elas e Racial 360º. Para Juliana Azevedo, CEO da P&G no Brasil, ações isoladas não são o suficiente, é preciso trabalhar no modelo de plataformas para um trabalho contínuo. Dentro da marca o movimento está sendo trabalhado através do GambleBR, o primeiro grupo de afinidade que foi criado há 11 anos na empresa para ampliar a voz LGBTI+.
A ideia e a campanha do PrideSkill foram criadas em parceria com a agência Grey Brasil e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+. Segundo Guilherme Rex, diretor criativo da Grey, um dos orgulhos dessa campanha também está nos bastidores, onde 90% da produção do projeto foi feita com pessoas da comunidade, inclusive os rostos do filme publicitário, além de um time selecionado de influencers para divulgar a ação.
Além dos filtros e capas, a ação conta com um apoio financeiro e uma parceria com o projeto Transpor, que oferece consultoria profissional gratuita para pessoas trans como orientação e construção de CV, perfil no LinkedIn e preparação para entrevistas. Nesta iniciativa, a P&G quer diminuir a brecha existente entre os profissionais e as empresas que veem na inclusão um caminho para fortalecer uma cultura de pensamento mais diverso.
Não apenas incluir esse grupo, que representa 9% da população brasileira, a ação pretende levar o debate para dentro das empresa e incentivar a tomada da causa, não só pelo lado social, mas evidenciando que um equipe mais diversa gera melhores resultados, sendo também uma estratégia de negócio. Pesquisa realizada pela McKinsey indica que empresas que possuem diversidade em seus times alcançam 25% mais de lucro.
Para a CEO, este é um momento importante que chama as outras marcas também à ação, pois para concretizar mudanças reais é necessário uma grande adesão da indústria. “Nos ajudem a multiplicar porque, sozinhos, podemos fazer um pouco, mas as grandes mudanças são da indústria e não de uma empresa. Se juntem a nós, isso não é só algo da P&G, da Grey ou do Fórum, mas para que a gente consiga fazer a nossa sociedade brasileira, que tem pautas em discussão tão incabíveis nesse momento, tentar promover uma agenda muito mais positiva” comenta.
**Crédito da imagem no topo: Mercedes Mehling/Unsplash
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