Sorvetes trocam o verão pelo inverno

Janaina Langsdorff
6 de abril de 2013 - 8h30

A internet colocou na mesa um canal poderoso de interação das marcas de alimentos com os consumidores, a troca de receitas. E com os sorvetes não foi diferente. “As redes sociais são hoje um dos nossos pontos de contato mais importantes”, confirma Cecília Dias, diretora de marketing da Kibon. Segundo ela, a estratégia ganha peso no Facebook, por meio de uma parceria com os internautas para a criação de receitas exclusivas. A “marca do coração”, pertencente à Unilever e hoje líder do setor com 50% de participação, ensina, por exemplo, a preparar uma torta holandesa utilizando sorvete de creme.

Do consumidor, partem ideias que aumentam o orgulho da pessoa em poder dividir uma sugestão única. “A internet amplia os momentos de consumo”, frisa Cecília. A presença da Kibon na web remete ainda para o conceito global da marca, “compartilhe a felicidade”. “Tem até receita para acalmar o coração”, lembra Cecília. As ações no Facebook encorpam uma ambição, perseguida não só pela Kibon, mas por todo o segmento, de convencer o brasileiro a tomar sorvete também no inverno, período em que as vendas chegam a cair pela metade.

“A tendência é que a sazonalidade, especialmente no consumo em casa, diminua”, acredita Rogério Lopes, diretor da Sorvetes Nestlé, que engloba também a marca Garoto, ocupando a segunda posição do segmento. A terceira marca é a Jundiá, que também se prepara para concentrar o lançamento de suas inovações durante o inverno. O setor vive também a onda das franquias de frozen iogurte, como a Yoggi e a Yogoothies. Apesar do apelo saudável empenhado por estas redes, são as franquias tradicionais, do interior dos Estados, que lideram a preferência do consumidor. A maior delas é a Chiquinho Sorvetes, de São José do Rio Preto (SP), hoje com 219 lojas em dez Estados.

Leia a íntegra desta matéria na edição 1549, de 04 de março, do Meio & Mensagem