Marketing

3 tendências que redefinirão o commerce nos próximos anos

Consumidores aceleram jornada digital e ditam experiências personalizadas e confiáveis

i 9 de outubro de 2025 - 6h42

Parceria entre Globo e VTEX visa posicionar as marcas em todas as etapas do funil (Crédito: LALAKA-shutterstock)

Transformação no consumo digital (Crédito: LALAKA/Shutterstock)

Pesquisa da VTEX, em parceria com a WGSN, revela transformações no consumo digital, mostrando como o comportamento do consumidor muda e exige novas estratégias das marcas.

Destaca-se a redução de 12,9% no tempo médio entre a visualização de um produto e a finalização da compra entre 2023 e 2025, reforçando que os consumidores estão cada vez mais pragmáticos e menos dispostos a enfrentar jornadas longas e complexas.

Varejo em transformação

O estudo evidencia que o cenário de vendas está cada vez mais complexo, impulsionado por um novo momento da mídia, onde conteúdo, entretenimento e consumo se misturam.

Se antes os pontos de venda eram delimitados e espaços físicos, hoje toda plataforma se transformou em canal de mídia e todo conteúdo também é ponto de venda, exigindo presença consistente e experiências integradas em cada interação.

Nesse contexto, 70% dos consumidores afirmam estar dispostos a realizar compras mediadas por inteligência artificial.

A agilidade na compra e na entrega se tornou diferencial competitivo no varejo. Impulsionadas pela eficiência mais do que pelo tempo, as etapas de compra estão cada vez mais rápidas.

O quick commerce, conhecido também como q-commerce, exemplifica essa tendência, prometendo entregas ultra rápidas em até 30 minutos, e já ganha escala em mercados como a Índia, que movimenta mais de R$ 64 bilhões e deve triplicar até 2028, segundo a CareEdge.

Plataformas como o TikTok mostram que a forma como os consumidores descobrem e compram produtos mudou rapidamente, com formatos interativos ganhando protagonismo.

Entre US$ 26 bilhões de GMV do TikTok Shop, vídeos curtos responderam por 50%, funcionalidades de loja no app por 36% e transmissões ao vivo por 14%, demonstrando o impacto direto desses formatos na receita.

Tendências

A primeira é a descentralização: o ponto de venda deixa de ser apenas o site ou a loja física e passa a estar no feed, inbox e lives, em plataformas como TikTok, Instagram, WhatsApp e YouTube, que se tornam verdadeiros marketplaces distribuídos.

A segunda é o advocacy: os consumidores tornam-se os novos vendedores e propagadores do que acreditam e confiam.

Hoje, 70% das pessoas compram a partir de recomendações de criadores de conteúdo, e a credibilidade desses influenciadores cresce 34% em relação a 2024, mostrando que os consumidores querem ouvir quem usou o produto, e não quem o vende.

A terceira é a demanda preditiva: IA e big data permitem antecipar comportamentos e oferecer soluções antes mesmo da necessidade ser declarada.

Atualmente, 82% dos consumidores estão dispostos a compartilhar dados para uma experiência personalizada, consolidando anúncios contextuais e publicidade não invasiva como o novo padrão de conexão entre marcas e consumidores.