Tequila El Jimador explora caveiras mexicanas em nova campanha

Guilherme Fernandes
28 de outubro de 2016 - 15h41

(crédito: divulgação)

Desde que chegou ao Brasil, em 2010, um dos esforços da tequila mexicana El Jimador é ampliar a experiência de consumo do destilado além do tão popularizado shot com limão e sal. A partir desta sexta, 28, a marca inicia campanha com ativações em São Paulo baseadas nos festejos mexicanos do Día de los Muertos.

Comemorada entre os dias 01 e 02 de novembro, a celebração mexicana é bem diferente do que se vê no Brasil com os dias católicos de Todos os Santos e Finados. Por lá, a crença popular, de origem pré-hispânica, diz que é o momento em que os mortos têm permissão divina para visitar parentes e amigos. Entre as festividades, está a ida dos mexicanos às ruas com fantasias das famosas caveiras coloridas.

Aproveitando a familiaridade das caveiras por aqui, presentes desde camisetas até tatuagens, a El Jimador realizará ativações em 15 casas noturnas e bares paulistanas até o Dia de Finados, em 2 de novembro. Além da decoração típica do Dia de Los Muertos, o público poderá ser maquiado e também interagir com uma máquina. “Esse mood high-energy tem tudo a ver com a marca e com a categoria de tequilas”, conta Caio Almeida, gerente de marketing da El Jimador, que lembra que as baladas e bares são o principal canal de contato direto entre o consumidor e a marca. Já nesta sexta, 28, acontece o principal evento da campanha: a festa To Muerto, no Villagio JK, organizada junto à agência de live marketing e entretenimento Scheeeins. O ex-masterchef Marcos Balda assina o cardápio de comidas mexicanas da festa, que será embalada pelo ritmo do reggaeton.

Em posts no Facebook, a El Jimador aposta no estímulo a novas formas de consumo (crédito: divulgação)

Com base em dados do IWSR, Almeida afirma que a taxa média de crescimento acumulado da El Jimador no Brasil ficou entre 30% e 40% nos últimos cinco anos. De acordo com o instituto, no mesmo período a tequila foi a categoria de destilados com a maior taxa média no País, em cerca de 8% e 1% do total do mercado de destilados, excluindo produtos feitos à base de cana de açúcar, sobretudo a cachaça. Os números referem-se somente às vendas do fabricante para distribuidores ou revendedores. “A categoria vai voltar a crescer logo após a crise macroeconômica, se estabilizar e passar o impacto recente do aumento de impostos”, afirma Almeida, ao mencionar uma esperada retração no curto prazo.

A bebida está disponível nos tipos blanco e reposado no Brasil (crédito: divulgação)

Considerada premium e disponível nos tipos blanco e reposado, a El Jimador é produzida no México somente com o agave, uma planta típica daquele país. Grande parte das tequilas vendidas no Brasil são mistas, combinando o agave à cana de açúcar, por exemplo. Para o gerente de marketing, a marca se diferencia por trazer ao brasileiro uma tequila mais suave e apresentar novas formas de consumo da bebida, como shots com laranja e canela ou somente com abacaxi, ou mesmo um drink de tequila com suco de limão e refrigerante citrus, conhecido como Paloma no México. “A categoria de tequilas tem ficado para trás em termos de inovação, principalmente em relação a outros destilados como a vodka e o whisky, e El Jimador quer mudar isso”, diz.

A parceria entre Brasil e México, firmada em fevereiro deste ano, também anima Almeida por impactar positivamente as vendas. O acordo bilateral estabelece que toda a tequila comercializada no Brasil deve ser de origem mexicana, assim como toda cachaça vendida no mercado mexicano deverá ter sido fabricada no Brasil, além de prever outras medidas técnicas e legais. Segundo a Secretaria de Economia do México, no ano passado o país exportou US$ 8 milhões em tequila ao Brasil. Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que, em 2015, o Brasil exportou 40 mil litros de cachaça para o México, o que representou US$ 65 milhões em vendas. Presente em 59 países, a El Jimador pertence ao grupo do segmento de bebidas Brown-Forman.