Qualidade da rede é gargalo para avanço das teles nas favelas

Fernando Murad
28 de maio de 2025 - 6h02

Nas favelas, 84% dos moradores ficam sem dados antes do fim do mês, indica estudo (crédito: Shutterstock)

Principal meio de conexão nas favelas brasileiras, o celular é um equipamento multitarefa: é utilizado como banco, televisão, escola, negócio e ponto de contato social. Mas a qualidade do sinal é um gargalo: 43% das favelas têm conexão ruim ou instável. Além disso, a banda larga fixa é rara e os planos móveis são limitados e 84% dos moradores ficam sem dados antes do fim do mês.

Nesse contexto, a Nós — Inteligência e Inovação Social apresenta a edição de telefonia do Tracking das Favelas, publicado mensalmente com exclusividade por Meio & Mensagem. Assinantes do Meio & Mensagem têm acesso ao estudo completo aqui.

Claro, TIM e Vivo são as marcas mais estabelecidas da categoria, enquanto Oi indica leve distanciamento, mas, assim como as líderes, apresenta estabilidade nos seus índices de lembrança de marca. Claro, TIM e Vivo também são as líderes em termos de compra.

Já a preferência de marca no setor dos consumidores nas favelas é liderada por Claro e Vivo, com disputa acirrada, enquanto a TIM registra crescimento e está reduzindo a distância em relação às primeiras colocadas. Em termos de intenção de compra, Claro e Vivo disputam a liderança com 38,6%. TIM se mantém estável, em torno de 33%.

Atributos percebidos

O levantamento avalia, ainda, os principais atributos associados a cada uma das marcas analisadas. Veja, abaixo, o desempenho das principais marcas de telefonia nos dez atributos mensurados pelo Tracking das Favelas.

Fonte: Tracking das Favelas, Nós — Inteligência e Inovação Social

Metodologia do Tracking das Favelas

Estudo contínuo feito com pessoas que residem nas favelas do Brasil. A coleta de dados é feita via aplicativo que já possui usuários previamente perfilados por classe social, gênero, idade e por localidade onde vivem, incluindo clusters específicos como as favelas. A pesquisa é feita com 800 pessoas que vivem em favelas com controle de cotas de gênero e idade. Por ser uma pesquisa via aplicativo, todas as respostas e usuários são validados automática ou manualmente, garantindo maior qualidade e agilidade de coleta. A margem de erro da pesquisa é de 3,5% com 95% de intervalo de confiança.