Voa Brasil não vai financiar passagens a R$ 200

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Voa Brasil não vai financiar passagens a R$ 200

O programa Voa Brasil irá organizar e expandir a visibilidade de passagens nessa faixa de valor já disponíveis pelas companhias aéreas


21 de fevereiro de 2024 - 14h42

O programa Voa Brasil está no centro de discussões entre o governo e as companhias aéreas desde o ano passado. Segundo o CEO da LATAM, Jérome Cadier, em entrevista para Folha de S. Paulo o governo não está financiando as passagens. Pelo contrário, o Voa Brasil está organizando e  promovendo a visibilidade de um serviço já fragmentado entre as companhias. Em decorrência disso, a gestão pública quer negociar com as companhias aéreas cerca de cinco milhões de bilhetes aéreos até R$200. O objetivo do governo é fomentar o acesso ao transporte aéreo a cidadãos de menor renda.

As discussões sobre o tema são longas pois envolvem impasses em diferentes frentes, como Petrobras, Ministérios da Fazenda e Tesouro Nacional. Além disso, as companhias aéreas também possuem demandas diversas, tais quais o financiamento do combustível de aviação – que no Brasil é até 40% mais caro do que em outros países – e a redução da judicialização. Procuradas pela reportagem, Latam, Gol e Azul não quiseram se pronunciar a respeito do assunto.

O que é o Voa Brasil?

Com início previsto ainda para agosto de 2023, o programa, que oferece passagens a partir de R$200 para faixas sociais especificas, foi adiado mais uma vez.

Cada uma das três principais companhias aéreas aderiram ao projeto a fim de combater a ociosidade dos passageiros em períodos menos procurados, como de fevereiro a junho.

Para o professor de marketing da escola de administração da ESPM, Marcelo Toledo, existe um aspecto importante do programa. Mesmo que seja um projeto imediatista, pode gerar demanda em pontes aéreas que tenham dificuldades de preencher os assentos.

Já segundo o professor de economia na Fundação Dom Cabral, Eduardo Menicucci, caso não haja uma intervenção estatal, o setor corre o risco de concentração. Ou seja, as operações passariam  ser geridas em um sistema bipartidário, em que duas empresas estariam controlando comercialmente todo o setor aeroviário.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a participação das companhias aéreas está dividida entre Latam, com 39% de share, Gol, com 33%, e Azul, com 27,5%. “Se quisermos manter o setor aéreo com companhias aéreas nacionais é preciso que tenha algum incentivo que vá além de iniciativas estaduais ou isenções de imposto aqui ou ali”, diz Menicucci.

 

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