Impresso deve perder 40% da base nos EUA

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Mídia

Impresso deve perder 40% da base nos EUA

Na medida em que usuários migram para os tablets, aumentam os cancelamentos de assinaturas de jornais e revistas em papel


19 de maio de 2011 - 8h37

Mais de 40% dos usuários de tablets já cancelaram ou pretendem cancelar as assinaturas de jornais e revistas impressos em breve nos Estados Unidos. O dado, apurado pelo Morgan Stanley, foi divulgado pelo gerente de categoria de produtos da Samsung, Raphael Sudan, no 10º. Tela Viva Móvel, evento que debate as tendências do mercado de serviços de valor adicionado da telefonia móvel. Por outro lado, a esse cancelamento se contrapõe um forte crescimento da leitura e da realização de atividades multimídias nos tablets. No pós-tablet, ainda conforme o Morgan Stanley, conteúdos de atualização regular, que incluem justamente os jornais (diários e com até duas versões por dia), os games e os livros, são potencializados. Se a mídia perde, portanto, o leitor do meio tradicional impresso, tende a recuperá-lo no online, via dispositivos móveis (que podem ser tablets, mas, também, smartphones e e-readers).

Sudan, da Samsung, afirma que mais de 50% das empresas norte-americanas têm a firme intenção de comprar tablets durante o próximo ano para os funcionários executarem tarefas b2b (business to business), ou seja, as pessoas tenderão a ficar conectadas 24 horas por dia em dispositivos que envolvem tanto tarefas profissionais quanto as relacionadas à vida pessoal.

Além da mídia impressa perder assinantes, os desktops registram, continuamente, queda de uso nas categorias games, redes sociais e internet. Ou seja, também o internauta típico que usa PC, notebook ou netbook tem migrado para os tablets e smartphones. Reflexo disso, crescem atividades como criação de arquivos (mais 3%), trabalhos gerais (mais 8%) e trabalhos específicos (mais 12%) no uso dos tablets.

Alguns números apresentados pelo executivo da Samsung mostram porque acontece essa migração em massa dos meios tradicionais para o ambiente digital e, agora, móvel. O Facebook tem mais de 650 milhões de usuários que postam mais de 100 milhões de fotos todos os dias. Por ano, são postados mais de 2 bilhões de tweets ao redor do mundo. E, por dia, são vistos mais de 2 bilhões de vídeos apenas no YouTube. Essa massa de dados é gerada por 2 bilhões de usuários mundiais de internet e por 255 milhões de sites.

Para as operadoras móveis, é um desafio. "A alta demanda de dados nos obriga a uma readequação técnica da rede. Os tablets (e smartphones) são verdadeiros drenos de dados", constata o gerente de marketing SVA da Claro, Rafael Lunes. Nas teles, significa uma nova forma de pensar o cliente. "O usuário de tablet não tem foco na voz, e sim no consumo de conteúdo. É uma abordagem completamente diferente", diz Lunes.

Brasil

O Morgan Stanley constatou a existência de 434 tablets diferentes em todo o mundo, feitos por 50 fabricantes. E com preços a partir de US$ 150. Dados do Gartner apontam a venda mundial de 17 milhões de tablets no ano passado e previsão de que a base atinja mais de 70 milhões de unidades do dispositivo este ano. Para 2012, as estimativas do instituto são de 108 milhões de tablets nas mãos de usuários e, em 2015, 295 milhões de equipamentos. O Morgan Stanley é ainda mais otimista: calcula que em 2015 o mercado terá 375 milhões de tablets. No Brasil, embora tímida, a expansão do tablet avança: para este ano, o IDC calcula que os brasileiros somarão 350 mil tablets. No ano que vem, o número salta para 545 mil, 1,1 milhão em 2013 e 1,6 milhão em 2014.

Assim como nos Estados Unidos, há uma migração, no Brasil, das plataformas tradicionais. Mas, não para os tablets, e sim para a internet. A oitava edição da pesquisa F/Radar, feita pela F/Nazca, aponta que 41% dos internautas substituem a TV, o rádio e o cinema pela internet para assistir ou ouvir programas ou filmes originários dessas plataformas.

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