A aposta da GloboNews no ao vivo e o foco em Brasília
Miguel Athayde, diretor do canal há pouco mais de um ano, antecipa os planos para 2019, quando contará com uma equipe maior na capital federal
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Teresa Levin
22 de janeiro de 2019 - 12h11
Ao longo de sua história, a GloboNews vem construindo uma trajetória ascendente. É o que conta Miguel Athayde, hoje diretor do canal, posto que assumiu no final de 2017. Desde então, ele tem ampliado a aposta na programação ao vivo, com mudanças na grade que geraram, por exemplo, o jornal Em Ponto, no ar diariamente das 6h às 9h. Para 2019, a ideia é investir ainda mais na cobertura de política e economia, estratégia já iniciada em 2018, com ações como a extensão do Central das Eleições agora um programa semanal apresentado por Heraldo Pereira. Confira abaixo trechos da entrevista concedida pelo executivo ao Meio & Mensagem por email, na qual analisa o que foi feito em seu primeiro ano de gestão e revela parte dos planos para o ano que se inicia, com um incremento da operação em Brasília.
Meio & Mensagem – Você assumiu a direção da Globonews há um ano aproximadamente e, neste tempo, o canal elevou seus índices de audiência. Quais as principais mudanças implementadas em sua gestão?
Miguel Athayde – Apostamos em conteúdo relevante e ao vivo. No ano passado, demos continuidade a essa estratégia, oferecendo ao público ainda mais jornalismo ao vivo. Na grade fixa, foram mais cinco horas e meia. No horário das 6h às 9h, por exemplo, estreamos o jornal Em Ponto, com apresentação do José Roberto Burnier. Fazemos, logo de manhã, uma cobertura especial de política e economia, oferecendo ao público muita análise. À noite, outra novidade: o Heraldo Pereira assumiu a bancada do Jornal das Dez. Além das mudanças na grade e dos reforços no elenco, apostamos muito em uma cobertura intensa das eleições, com destaque para a Central das Eleições. Todo fim de noite, o programa trazia debates e notícias em primeira mão com o nosso time de comentaristas. A audiência correspondeu muito. Outra iniciativa: transmitimos, ao vivo, os debates da Globo com candidatos a presidente e a governadores dos estados. Nos dias de votação, nos dois turnos, a GloboNews teve 20 horas ininterruptas de noticiário ao vivo e o público também respondeu muito bem: essa cobertura especial do primeiro turno rendeu à GloboNews a maior audiência da história da TV por assinatura.
M&M – O uso de variadas plataformas em conjunto é um desafio para os players que atuam no segmento da televisão. Como a GloboNews vem explorando a integração com outras mídias? E o que podemos esperar de novidades nesta área este ano?
Athayde – Já temos uma integração muito forte entre nossas plataformas de jornalismo: GloboNews, Globo e G1 trabalham juntos o tempo todo, diariamente. Nosso conteúdo é todo compartilhado e os profissionais atuam sempre considerando essas três frentes, o que nos garante muita agilidade e relevância. Também atuamos juntos no planejamento de grandes coberturas. Foi assim, por exemplo, nas eleições, na posse do presidente Bolsonaro e no casamento real, em que fizemos transmissões conjuntas, mas tivemos também conteúdos exclusivos e diferentes em cada plataforma.
M&M – No último ano tivemos a eleição presidencial e, na esteira deste acontecimento, uma ampla discussão sobre a disseminação de notícias falsas, as fake news. Em sua visão, qual o papel dos players tradicionais neste cenário, em que há cada vez mais notícias falsas sendo compartilhadas?
Athayde – Em julho de 2018, GloboNews, Globo, G1, O Globo, Extra, Época, Valor e CBN juntaram esforços e criaram o projeto “Fato ou Fake” para apurar mensagens disseminadas na internet ou pelo celular, que “viralizam”. O objetivo é esclarecer o que é notícia (fato) e o que é falso (fake). Esse é o trabalho do jornalismo profissional, cada vez mais importante, relevante, indispensável. A atuação conjunta permite que declarações ou conteúdos suspeitos sejam verificados com rapidez. Desde o início do projeto, já fizemos mais de mil checagens.
M&M – O que você pode antecipar de ações e projetos do canal para 2019?
Athayde – Nossas apostas: relevância, relevância, relevância. Jornalismo profissional, ágil, isento, que nunca desliga. Vivo e ao vivo. Estamos aumentando o nosso time de repórteres em Brasília. Reforçando, ainda mais, a nossa cobertura em política e economia. A “Central” vai virar um programa de entrevistas semanal com uma hora de duração. A apresentação será do Heraldo Pereira e terá a participação do nosso time de comentaristas. E, em Programas, vamos apostar em novas séries e temporadas especiais. O resto é surpresa.
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