Conexão emocional impulsiona interesse em streaming, aponta Disney
Cada vez mais, público brasileiro consome conteúdos variados produzidos em diversas partes do mundo
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Larissa Santiago
29 de maio de 2025 - 8h03
Divertida Mente 2 é o filme de animação com a maior bilheteria de todos os tempos da Disney e Pixar (Crédito: Divulgação)
Atualizada em 29/05 às 15h38
Há cinco anos, a Disney Advertising lança o Generation Stream, estudo proprietário que tem o objetivo de entender o comportamento dos espectadores no streaming e oferecer insights estratégicos para anunciantes que têm interesse em se conectar com esse público.
Giselle Ghinsberg, diretora de ad sales & partnerships na The Walt Disney Company Brasil, afirma que a edição deste ano ajuda a desconstruir a ideia de que o consumo de streaming é puramente individual, solitário e que se limita a maratonas isoladas.
Ao contrário, revela que o conteúdo sob demanda ocupa mais espaços de socialização, seja fisicamente, como dentro de casa, com a família e amigos, ou digitalmente, em conversas, grupos e redes sociais.
“Outro mito que a publicação derruba é o de que os consumidores se movem apenas pela novidade ou pela quantidade de conteúdo. Na realidade, o público valoriza experiências que tenham profundidade, conexão emocional e relevância cultural, independentemente de serem lançamentos ou títulos clássicos”, explica.
O estudo identificou quatro grandes segmentos de audiência no País, os quais agrupam pessoas com motivações e comportamentos semelhantes em relação ao consumo de conteúdo:
– Buscadores de Fuga Empática (26%), que assistem sozinhos como forma de se desconectar da realidade e mergulhar profundamente em histórias e personagens;
– Conectados Sociais (26%), que usam o streaming para se inspirar, acompanhar a cultura pop e suprir a necessidade de conexão no dia a dia;
– Exploradores Reflexivos (18%), que buscam narrativas que provoquem emoções, nostalgia e reflexão, que querem ser tocados pelo que assistem;
– Conectores do Conforto (30%), que recorrem ao streaming como forma de relaxar, recarregar e encontrar alegria, acolhimento e leveza.
Portanto, essas transformações reforçam a experiência coletiva, especialmente no contexto de eventos ao vivo, lançamentos simultâneos, estreias globais e esportes.
“Por isso, o co-viewing é uma métrica muito relevante quando falamos de audiência”, afirma Giselle.
Na Disney, diz, “temos um índice duas vezes maior que a média da indústria. Isso reconecta o streaming à ideia de entretenimento compartilhado.”
No Brasil, efetivamente, o estudo mostra que o público é receptivo a conteúdo diverso de diferentes partes do mundo.
Cerca de 98% do público afirma assistir a conteúdos internacionais, sendo que 92% consome (sempre ou às vezes) produções dubladas ou legendadas.
Ainda, 72% dizem preferir a opção de assistir no idioma original, o que reforça a busca por conexões culturais autênticas.
Para a executiva, de fato, o comportamento é reflexo de característica individual: o brasileiro é extremamente aberto ao conteúdo global, mas busca formas de apropriação que tornem essa experiência mais acessível e confortável.
Portanto, o uso consistente de dublagem e legendas demonstra busca por inclusão, conveniência e adaptação à rotina.
“Além disso, o brasileiro transita com naturalidade entre conteúdos locais e internacionais. Isso revela um consumidor cosmopolita, que valoriza tanto histórias que refletem sua própria cultura quanto narrativas globais, desde que entreguem conexão emocional, entretenimento de qualidade e diversidade”, pontua Giselle.
Ainda sobre consumo, o estudo mostra que o streaming também se adapta ao cotidiano dos brasileiros.
Já as recomendações personalizadas desempenham papel importante na descoberta de novo conteúdo.
Assim, aproximadamente 80% gostam de aproveitar momentos livres ao longo do dia para assistir a filmes e séries.
E, por fim, 76% gostariam que as sugestões incluíssem programas e filmes que amigos e familiares assistem, o que reflete o valor do streaming como experiência de compartilhamento.
O estudo foi realizado entre os meses de setembro e dezembro de 2024. A amostra total contou com 15 mil pessoas globalmente, sendo 5 mil na América Latina e 1 mil no Brasil. O perfil dos participantes abrange pessoas de 13 a 54 anos.
A metodologia combinou abordagens qualitativas e quantitativas, incluindo pesquisa quantitativa para mapear segmentos e identificar nuances regionais, pesquisa qualitativa para entender hábitos e motivações de consumo, e entrevistas com especialistas para complementar a visão do consumidor.
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