Governo de São Paulo centraliza conteúdo em nova agência de notícias
Administração estadual apresentou quinta-feira, 22, a Agência SP, plataforma especializada em conteúdo multimídia
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Caio Fulgêncio
23 de agosto de 2024 - 6h10
O Governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira, 22, a Agência SP, novo canal de comunicação institucional de notícias. A oficialização do veículo ocorreu por meio da Resolução 004/2024, publicada no Diário Oficial do Estado, que também institui o manual de operação, bem como missões, diretrizes e boas práticas.
A plataforma é coordenada pela Secretaria de Comunicação (Secom) e vai concentrar a produção e distribuição de conteúdo multimídia a respeito da administração pública à sociedade e à imprensa. O lançamento contou com a exibição de uma entrevista com o governador Tarcísio de Freitas, realizada no estúdio da agência, no Palácio dos Bandeirantes.
O projeto, desde a concepção, demorou em torno de um ano para construção, segundo Lais Vita, secretária responsável pela pasta. Os esforços se direcionam para a busca de maneiras para modernizar a comunicação da gestão de forma a alcançar cidadãos de todos os municípios.
“Precisávamos ter um hub, um lugar único, com diferentes formatos, que incluísse todo o conteúdo que distribuímos para a impressa e que a sociedade pode acessar, regionalizado e em tempo real. Ou seja, é a integração dos formatos mais modernos e adequados para todos as fontes e reunidos em um só lugar”, explica.
Ao Meio & Mensagem, Lais falou sobre os desafios da comunicação pública e sobre o trabalho de parceria com as quatro agências de publicidade que atendem o governo estadual.
Meio & Mensagem – Como se estrutura a Agência SP?
Lais Vita – No início da gestão, estruturamos uma equipe para trabalhar somente com produção de conteúdo, para que saíssemos dos formatos padrões para criar manchetes sobre coisas que o governo faz. A inteligência de dados, nesse sentido, foi um investimento muito importante. Temos uma equipe de jornalistas experientes que vieram de outras redações e pessoas também especializadas em dados. O grande diferencial da agência é que a comunicação só funciona se for 360º. Assim, tendo um único canal, entendemos que é uma forma de fazer com que o conteúdo chegue a mais pessoas. Além disso, é uma maneira para combater a desinformação.
M&M – Quais os principais desafios da comunicação institucional?
Lais – O desafio de comunicação de governo é muito grande, porque temos como público-alvo a sociedade civil, ou seja, todas as pessoas. Por isso, trabalhamos com o dinamismo inerente à comunicação. A equipe toda trabalha com esse propósito de entregar serviços e utilidade pública em várias frentes. Dessa forma, o nosso norte é como podemos trabalhar em canais e formatos em fluxos mais eficientes para que o governo do estado chegue a todos. Temos aqui, por exemplo, uma rede de apoio às mulheres em situação de violência e precisamos trabalhar para que todas as pessoas saibam que esse projeto existe.
M&M – Quais os esforços para falar com as diferentes gerações?
Lais – Voltamos à máxima do Marshall McLuhan de que o meio é a mensagem. Precisamos nos adequar, mas isso é cada vez mais desafiador e divertido. Então, adaptamos nossa estratégia com conteúdos específicos para os canais. Para cada desafio de comunicação, temos que pensar muito bem as estratégias e entender onde queremos chegar. Recentemente, fizemos uma campanha para falar com jovens sobre o novo ensino médio. E, para isso, tivemos filme na TV aberta e ações com linguagem gamificada para as diferentes plataformas.
M&M – Como funciona o trabalho com as agências de publicidade?
Lais – Temos conosco quatro agências: DPZ, Ogilvy, Lew’Lara e Baila. Para cada campanha que colocamos na rua, abrimos uma concorrência e abrimos para as agências o desafio de comunicação. Em seguida, elas nos apresentam propostas e escolhemos a melhor. Uma coisa que funciona muito bem é o entendimento das agências em relação à essência do governo. Elas são parte do nosso time, trazendo visões que, muitas vezes, nós, que estamos dentro, não conseguimos ver. Por outro lado, levamos pontos internos para que elas nos ajudem a construir o caminho criativo. Existe o grande desafio de despertar a atenção das pessoas para as pautas do governo e, para isso, precisamos sair do óbvio. Então, dá muito certo quando governo e agências estão bem entrosados.
M&M – E, no dia a dia, como se dá a parceria criativa?
Lais – Todas as campanhas são feitas a quatro mãos. Além da campanha em si, temos demandado também a cereja do bolo. Em outras palavras, é a ideia que podemos ter, além do enxoval da comunicação padrão, para tornar o projeto diferente. Isso é importante porque as pessoas estão sendo impactadas por informação o tempo todo e o conteúdo institucional nem sempre será o que mais desperta a atenção. Temos, então, que buscar as melhores formas para falar sobre os mesmos assuntos. Neste ano, inscrevemos um case de 2023 no Festival Cannes Lions e estivemos lá, porque o governo precisa estar alinhado às melhores práticas do mercado. Esse trabalho integrado de compartilhamento, parceria e escuta com as nossas agências é essencial e vem dando certo.
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