Como o marketing de influência está democratizando o esporte
A inclusão de influenciadores digitais na cobertura das Olimpíadas não é apenas uma estratégia de visibilidade, mas uma verdadeira mudança de paradigma
Como o marketing de influência está democratizando o esporte
BuscarComo o marketing de influência está democratizando o esporte
BuscarA inclusão de influenciadores digitais na cobertura das Olimpíadas não é apenas uma estratégia de visibilidade, mas uma verdadeira mudança de paradigma
Há 15 anos, nós estávamos sentados em nossos sofás e esperando uma única emissora exibir tudo aquilo que ela achava interessante para o público sobre as Olimpíadas. Hoje, em Paris, nós podemos escolher onde, como e quando assistir. Temos opções dinâmicas e em tempo real, com investimento até em influenciadores que estão divulgando ativamente os jogos. Estamos na era da democratização do esporte. Sim, o marketing de influência tem muito a ver com isso.
A história das transmissões das Olimpíadas é um testemunho do avanço da tecnologia e do consumo de mídia. Desde a primeira transmissão de rádio em Paris-1924, passando pela televisão em Berlim-1936, até as transmissões internacionais em preto e branco de Roma-1960, a evolução tem sido notável. A digitalização plena foi atingida em Atlanta-1996, e no Rio-2016, além do mais, o Instagram revolucionou a forma de acompanhar as competições com a introdução dos stories. Hoje, em Paris-2024, os influenciadores digitais representam a próxima fase dessa evolução, oferecendo uma cobertura mais dinâmica e interativa dos Jogos.
A inclusão de influenciadores digitais na cobertura das Olimpíadas não é apenas uma estratégia de visibilidade, mas uma verdadeira mudança de paradigma. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) reuniu um time de influenciadores intitulados como “padrinhos” e “madrinhas”, que estão encarregados de engajar o público e fazer a transmissão dos jogos de forma dinâmica. Alguns dos escolhidos para essa ação são esportistas, como Pedro Scooby e Zico, outros são influenciadores, como Larissa Manoela, Casemiro, Hugo Gloss, Sabrina Sato, entre outros.
A estratégia de dar mais espaço para o marketing de influência no esporte ajuda diretamente na democratização com as novas gerações. Uma pesquisa da sproutsocial revela que 47% da Geração Z presta mais atenção a conteúdos de influenciadores com um grande número de seguidores, associando isso à credibilidade. Além disso, 35% desse grupo busca autenticidade, enquanto os Millennials procuram uma conexão de valores. Esses dados demonstram como os creators podem criar um vínculo emocional e autêntico com seu público, algo que as transmissões tradicionais muitas vezes não conseguem alcançar.
Os criadores de conteúdo do nicho esportivo serão peças chaves para a divulgação dessa nova fase, afinal, a transmissão em plataformas digitais está em ascensão e, um belo exemplo disso é o Cazé. A cobertura da Eurocopa pela Cazé TV nos mostrou o que é ter o esporte na palma de nossas mãos. Ainda que nascendo para transmissões ao vivo, o canal atraiu diversas marcas, nomes do futebol e principalmente, audiência. O próximo passo é ainda mais ousado, a cobertura das Olimpíadas, onde o Youtuber vai trazer a cobertura completa de diversas modalidades em tempo real, além de trazer um resumo de tudo que está acontecendo durante os jogos, de maneira prática e atrativa.
O marketing de influência está revolucionando a maneira como os eventos esportivos são promovidos e consumidos. As Olimpíadas de Paris 2024 são um exemplo claro de como essa estratégia pode engajar audiências de maneira autêntica e significativa, democratizando o acesso à informação e criando novas oportunidades para atletas, influenciadores e pessoas que não tem poder aquisitivo para assinar plataformas pagas. Ao abraçar essa tendência, estamos testemunhando uma nova era no marketing esportivo, onde a conexão e a autenticidade são as chaves para o sucesso, com novas formas de assistir os jogos e mais fácil acesso para todos, por plataformas de streaming como canais no Youtube, por canais de televisão, ou até mesmo pelas redes sociais.
Compartilhe
Veja também
Propósito com propósito (uma reflexão sobre marcas)
O que me incomoda é essa obsessão por tê-lo a qualquer custo, porque, se é preciso forçá-lo, talvez ele não seja tão verdadeiro assim
O caso Ulianópolis e a estética da ruptura
Quando a inteligência artificial (IA) expõe o colapso simbólico da publicidade brasileira